Frelimo nega ataque contra Dhlakama
Depois de a Renamo ter acusado este fim-de-semana as forças de segurança de estar na origem do ataque no Sábado na província de Manica, centro do país, contra a caravana em que seguia o líder da Renamo Afonso Dhlakama, que causou entre 4 e 7 feridos, a Frelimo, partido no poder, desmentiu hoje estar na origem do ataque, facto já negado ontem pelas próprias forças de segurança locais.
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Ao desmentir veementemente em conferência de imprensa as acusações da Renamo, o porta-voz da Frelimo, Damião José, apelidou o líder da Renamo de "malandro" e considerou que se tratou de um "ataque simulado".
Damião José, porta-voz da Frelimo, em declarações recolhidas por Orfeu Lisboa
Face ao recrudescimento da tensão entre a Renamo e o partido no poder, a embaixada dos Estados Unidos manifestou ontem a sua preocupação em relação ao ataque. A representação diplomática americana em Moçambique condenou o uso da violência para o alcance de fins políticos e saudou tanto a posição de Dhlakama que desencorajou eventuais retaliações, quanto a das autoridades policiais que anunciaram que se procederia a um inquérito. No mesmo sentido, o alto comissariado do Canadá apelou quanto a si ao reatamento do diálogo entre as partes.
Foi por conseguinte neste contexto de crescente desconfiança que teve lugar hoje na cidade da Beira um debate sobre a reconciliação nacional, organizado pela Universidade Católica de Moçambique, no qual participaram o antigo presidente Joaquim Chissano, o edil da Beira e líder do MDM Daviz Simango e o líder da Renamo Afonso Dhlakama. Mais pormenores com o nosso correspondente Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
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