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Japão/Acidente nuclear

Radiação no mar perto de Fukushima está 1.250 vezes acima do normal

O anúncio feito pela Agência de Segurança Nuclear do Japão aumenta a preocupação sobre os perigos do vazamento em um ou vários reatores na região de Fukushima, uma das mais atingidas pelo terremoto seguido de tsunami no dia 11 de março. A forte concentração de iodo radioativo no mar pode contaminar peixes e algas marinhas.

Mar do Japão
Mar do Japão Reuters
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A Agência de Segurança Nuclear do Japão informou, neste sábado, que registrou uma concentração 1.250 vezes maior de iodo radioativo no mar na região próxima à usina nuclear de Fukushima. Na terça-feira, o nível estava menor e era 126 vezes superior ao limite permitido pela lei. Os testes foram realizados pela operadora da central nuclear do país, Tokyo Electric Power (Tepco).

Para explicar o perigo para os seres humanos, o porta-voz da agência japonesa disse que, se alguém beber meio litro de água com a atual concentração de iodo registrada atingirá de uma só vez o limite anual que pode absorver.

Ele afirmou ainda que a radioatividade registrada na costa "poderá se diluir com a maré, impedindo que uma concentração muito alta seja absorvida por algas e animais marinhos". No entanto, um especialista em segurança nuclear informou que "essa água altamente radioativa pode contaminar produtos que vêm do mar e que é preciso continuar acompanhando a evolução“.

No início da semana, o governo já havia decretado um aumento do controle sobre os peixes e mariscos oriundos das regiões mais afetadas.

Temperatura em reatores ainda não foi controlada

Técnicos, bombeiros e militares continuam trabalhando para tentar restabelecer o sistema de resfriamento dos reatores em Fukushima que tiveram problemas após o tsunami. As operações são frequentemente suspensas devido a picos de radioatividade e dificuldades técnicas. A operadora da central nuclear japonesa informou, neste sábado, que descobriu uma nova quantidade de água altamente radioativa no subsolo do prédio da turbina do reator número 1, o que retarda ainda mais os trabalhos dos especialistas.

Três funcionários da usina foram contaminados, na quinta-feira, por terem entrado em contato com uma água radioativa. Dois deles foram hospitalizados com queimaduras nos pés.

A cidade de Fukushima, a 250 quilômetros da capital Tóquio, foi atingida um forte terremoto de 8.9 na escala Richter seguido de tsunami, no último dia 11 de março.

Segundo o último balanço de vítimas da catástrofe, 10.418 pessoas morreram e 17.072 estão desaparecidas.

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