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Israel/Autoridade Palestina

Israel ameaça retaliar pedido de adesão do Estado palestino à ONU

Os palestinos se preparam para pedir uma adesão oficial à ONU, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. Nesta quarta-feira, 31 de agosto de 2011, o ministro israelense das Finanças, Youval Steinitz, disse em entrevista à radio militar que o pedido é uma ameaça ainda mais grave que a representada pelo Hamas em Gaza e não ficará sem resposta de Israel. Os israelenses se preparam para enfrentar todos os cenários possíveis por causa dessa iniciativa.

O exército israelense começou a treinar colonos judeus que moram na Cisjordânia.
O exército israelense começou a treinar colonos judeus que moram na Cisjordânia. REUTERS/Ronen Zvulun
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Daniela Kresch, correspondente da RFI em Israel

O exército israelense começou a treinar colonos judeus que moram na Cisjordânia para lidar com possíveis tumultos no mês de setembro, quando a liderança palestina promete pedir às Nações Unidas que reconheça oficialmente a existência de um Estado nacional, à revelia de Israel. Grupos de colonos que moram nos assentamentos na Cisjordânia vão receber gás lacrimogênio e granadas de efeito moral para o que está sendo chamado de “Operação Sementes de Verão”. A medida faz parte dos preparativos que estão sendo alinhavados pelo exército.

As autoridades militares acreditam que a declaração de independência palestina possa levar a uma onda de tumultos por todo o país, incluindo protestos em estradas ou contra prédios públicos. Os líderes militares também temem a realização de atentados inclusive nas fronteiras de Israel, a exemplo do que aconteceu em maio, quando milhares de palestinos e simpatizantes tentaram cruzar as fronteira com o Líbano e com a Síria.

O presidente de Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, mantém a intenção de pedir o reconhecimento de um Estado palestino na Cisjordânia, na Faixa de Gaza e em Jerusalém Oriental pela ONU, em meados de setembro. Ele está sendo pressionado a desistir da idéia pelos israelenses e até mesmo por alguns países árabes, para os quais a criação de um Estado apenas nessas regiões significa, de fato, a aceitação da existência de Israel no território da Palestina histórica. Boa parte do mundo árabe não aceita o Estado hebreu.

Mais de 120 países já reconheceram a Palestina individualmente e devem apoiar a moção na ONU, incluindo o Brasil. Ninguém sabe, no entanto, quais serão as consequências práticas do reconhecimento, já que Israel não o aceitará.
 

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