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Palestina

Abbas pedirá adesão de um Estado Palestino ao Conselho de Segurança

"Nós iremos ao Conselho de Segurança da ONU para pedir o reconhecimento da Palestina", declarou nesta sexta-feira o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia. Em um discurso televisivo muito esperado, ele apresentou a proposta de adesão de um Estado Palestino às Nações Unidas, a poucos dias do início da assembleia anual da organização, em Nova Iorque. 

Mahmoud Abbas durante o discurso televisivo nesta sexta-feira  em que anunciou que pedirá a adesão de um Estado Palestino à ONU
Mahmoud Abbas durante o discurso televisivo nesta sexta-feira em que anunciou que pedirá a adesão de um Estado Palestino à ONU REUTERS/Darren Whiteside
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Abbas vai pedir ao secretário-geral, Ban Ki-Moon, no dia 23 de setembro a adesão nas Nações Unidas de um Estado Palestino, com as fronteiras de 1967 e tendo a Jerusalém oriental como capital.

A proposta não tem o acordo de Israel, que declarou que a paz não será obtida com uma iniciativa unilateral, e nem dos Estados Unidos, seu aliado histórico, que prometeu utilizar seu poder de veto no Conselho de Segurança para impedir a adesão. A iniciativa de Abbas foi classificada pelo Hamas de "solitária" e apresentando inúmeros riscos. Eles temem a violação dos direitos de refugiados palestinos de retornarem aos seus territórios.

Apesar da tentativa dos Estados Unidos, da Rússia e da União Europeia de convencê-lo a abandonar a ação, Abbas defende o direito legítimo de solicitar o reconhecimento das Nações Unidas e com isso, segundo ele, colocar fim a uma injustiça histórica se tornando independente. «Não iremos à ONU para isolar ou tirar a legitimidade de Israel, mais da ocupação israelense», garantiu.

Outra alternativa seria pedir o reconhecimento diante da Assembleia Geral, onde mais países poderiam ser favoráveis a demanda. Desta forma, o território palestino não se tornaria um membro pleno da ONU, recebendo um status de Estado não-membro, mesmo caso do Vaticano. A votação seria em grande parte simbólica, reconhecendo a Palestina como Estado, mas sem dar os mesmos direitos que os membros da organização.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, será recebido na próxima semana pelo presidente americano, Barack Obama. Netanyahu e Abbas devem discursar no mesmo dia na sede da ONU. As negociações diretas entre eles estão paralisadas há um ano.

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