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ONU/Palestinos

Pedido dos palestinos na ONU é quebra-cabeça para diplomacia internacional

O pedido de adesão dos palestinos como novo país integrante da ONU, é um dos destaques da imprensa francesa desta terça-feira. O L'Humanité se pergunta se a Palestina irá mesmo se tornar o membro número 194 das Nações Unidas ao final de uma semana considerada crucial para o reconhecimento de um estado palestino.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. REUTERS/Darren Whiteside
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O tradicional ritual da comunidade internacional reunida na ONU está sendo agitado por um evento que mobiliza há vários meses as grandes potências mundiais, escreve o jornal comunista. O L'Humanité explica que se o Conselho de Segurança da ONU aceitar o pedido de adesão que será feito pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, o assunto irá à votação na Assembleia Geral.

Mas esse roteiro de sonhos para muitos palestinos dificilemente irá aditante, avisa o jornal comunista diante da oposição já declarada dos Estados Unidos que tem poder de veto no Conselho. Em entrevista ao L'Humanité, o embaixador palestino na França disse que o pedido de reconhecimento na ONU é ato de grande significado político.

Para o Le Figaro, a mobilização diplomática sobre o Oriente Médio é intensa na ONU em uma semana que o jornal chama de perigosa. O caso palestino já é chamado nos corredores das Nações Unidas como um "trem infernal", devido as consequências catastróficas não apenas no plano diplomático mas também nos territórios palestinos, escreve o Le Figaro.

Para evitar uma explosão de violência, os líderes discutem uma solução equilibrada, o que para muitos quer dizer uma retomada das negociações diretas entre israelenses e palestinos.

O Libération afirma que o pedido de Mahmoud Abbas se tornou um quebra-cabeça para Barack Obama. O presidente americano defendeu no ano passado na tribuna da ONU a criação de um estado palestino mas desde então só tem recuado no assunto.

Sua iniciativa se tornou um verdadeiro fracasso já que nunca conseguiu desbloquear o impasse nas negociações entre israelenses e palestinos, lembra o jornal. O lobby judeu cresceu na Câmara dos Representantes e no Senado americanos e Obama é visto como um presidente fraco que não pode fazer grande coisa, diz um especialista ao Libération. O jornal também lembra que os europeus estão divididos sobre um reconhecimento do estado palestino.

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