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Ataque/ diplomacia

Tensão aumenta entre Arábia Saudita e Irã, acusado de complô

A Arábia Saudita prometeu hoje que “alguém no Irã vai pagar” pelo suposto complô organizado pelo país para assinar o embaixador saudita nos Estados Unidos. A autoria do plano, revelado ontem por Washington, foi negada pelos iranianos.

Adel al-Jubeir, embaixador saudita nos Estados Unidos, em foto de 2007.
Adel al-Jubeir, embaixador saudita nos Estados Unidos, em foto de 2007. Reuters
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“As provas são conclusivas e mostram claramente a responsabilidade do Irã. Alguém no Irã deverá pagar o preço por isso”, declarou o príncipe saudita Turki al Faisal, ex-embaixador na capital americana.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, rejeitou hoje as acusações americanas de que estaria por trás do complô. “Nós não queremos confrontos, mas se eles [americanos] nos impõem, as conseqüências serão mais sérias para eles”, afirmou o ministro.

Washington anunciou hoje a prisão de dois iranianos – um deles naturalizado americano -, que estariam prestes a executar o embaixador saudita, em um plano “concebido, organizado e dirigido” pelo Irã, de acordo com o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder. O complô foi descoberto graças a um agente americano no México, que se fez passar por narcotraficante interessado em efetuar o ataque e que entrou contato com os iranianos encarregados da operação. O assassinato aconteceria em um restaurante.

“Se os Estados Unidos nos dão um soco, nós somos capazes de respondê-los com um tapa do qual eles não se levantarão”, reagiu o ministro iraniano, que negou as acusações de planejamento da morte.

O presidente americano, Barack Obama, telefonou para o embaixador saudita, Adel Al-Jubeir, para manifestar sua solidariedade, informou a Casa Branca. "O presidente Obama ressaltou que os Estados Unidos acreditam que esta conspiração é uma flagrante violação das leis americanas e internacionais", disse um alto funcionário após a conversa entre os dois.

Enquanto isso, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que os Estados Unidos e seus aliados iriam “enviar uma mensagem dura ao Irã e isolá-lo ainda mais da comunidade internacional”.

A União Europeia também reagiu à notícia. "Se forem confirmados esses fatos, isso constituirá uma grave violação das leis internacionais, o que implicaria graves consequências", ressaltou Maja Kocijancic, porta-voz da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, em uma entrevista coletiva à imprensa.
 

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