Morre primeiro jornalista ocidental na Síria em 10 meses de conflito
O presidente Nicolas Sarkozy declarou nesta quarta-feira que vai exigir da Síria esclarecimentos imediatos sobre as circunstâncias da morte do jornalista Gilles Jacquier, do canal de TV France2. Jacquier estava em um grupo de jornalistas autorizados pelas autoridades sírias a visitar e fazer reportagens na cidade de Homs, epicentro da revolta popular contra o regime de Bashar al-Assad. A morte do profissional provocou diversas reações internacionais.
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Gilles Jacquier foi o primeiro jornalista ocidental a morrer na Síria em dez meses de conflito entre a população civil e as forças do poder do presidente Bachar al-Assad.
O repórter foi atingido por um tiro de morteiro disparado contra um grupo de jornalistas. O ataque deixou 8 mortos e 25 feridos, entre eles, um fotógrafo belga, segundo as últimas informações.
Gilles Jacquier estava em “missão autorizada pelo governo sírio” com um outro jornalista da France 2 para o programa “Envoyé Spécial" ("Enviado Especial"), que realiza reportagens internacionais. "Gilles era um dos melhores da France 2, um homem fora do comum; estamos todos em estado de choque, ele vai nos fazer muita falta”, declarou à AFP Thierry Thuillier, diretor de informação do grupo France Télévisions.
Reações
Estados Unidos e Grã-Bretanha foram os primeiros a condenar e lamentar a morte do profissional. A presidente da Comissão Europeia, Catherine Ashton, alinhou-se à exigência do presidente Nicolas Sarkozy por uma investigação imediata sobre o ocorrido.
Um grande número de mídias, sindicatos e associações reagiram, entre eles, Radio France, o Conselho Superior do Audiovisual da França, a ONG "Repórteres sem Fronteiras", o Sindicato Nacional de Jornalistas e a Federação Internacional de Jornalistas.
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