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Síria/ protestos

Ministro diz que Síria não aceitará mais "soluções árabes"

A Síria decidiu que não vai mais aceitar “as soluções árabes” para a crise política do país, rejeitando um novo plano de paz para o qual a Liga Árabe pede o apoio da ONU. O anuncio foi feito nesta terça-feira, 24, pelo ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Muallem.

Novos protestos foram registrados na Síria nesta terça-feira.
Novos protestos foram registrados na Síria nesta terça-feira. REUTERS/Handout
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“Fim das soluções árabes”, disse o chanceler, em uma coletiva de imprensa, depois de acusar os árabes de participar de uma “conspiração” para internacionalizar a crise e tomar decisões sabendo que seriam negadas pelas autoridades sírias.

O ministro afirmou ainda que a Rússia, aliada de Damasco, “jamais aceitará uma intervenção estrangeira” em seu país. Uma resolução condenando a repressão na Síria , que já fez 5,4 mil mortos em 11 meses, permanece bloqueada no Conselho de Segurança da ONU por oposição dos russos. “Ninguém pode duvidar da relação sírio-russa, porque ela é histórica e atende aos interesses dos dois povos”, declarou Muallem.

O ministro ainda destacou que o governo sírio segue determinado e reprimir os “grupos armados” que promovem os protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad. As autoridades do país não reconhecem a oposição e creditam as manifestações a grupos terroristas. “É dever do governo sírio decidir o que é necessário fazer para tratar os grupos armados que semeiam o caos em algumas regiões.”

Retornando a uma promessa de Assad, Muallem indicou, sem detalhes, que um referendo para votar a adoção de uma nova constituição será realizado "dentro de uma semana ou mais".

Árabes quer ajuda da ONU

As monarquias do Golfo decidiram nesta terça-feira retirar seus observadores da Síria, como fez anteriormente a Arábia Saudita, e convocar a ONU a pressionar o governo sírio, anunciou em um comunicado o Conselho de Cooperação do Golfo (CCG).

"Os Estados membros decidiram aderir à decisão do reino saudita e retirar seus observadores da missão da Liga Árabe na Síria", disse o comunicado do CCG, que pediu que o Conselho de Segurança da ONU pressione o governo sírio.

Os observadores da Liga Árabe começaram a chegar na Síria em 22 de dezembro e, desde então, visitaram regiões afetadas pela violência para verificar o cumprimento do plano de resolução do conflito proposto pela entidade. Durante o período, os inspetores sofreram críticas tanto do regime de Bashar al-Assad quanto de seus opositores.
 

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