Síria vive dia de protestos enquanto bombardeios continuam em Homs
O dia na Síria foi marcado por grandes manifestações contra o presidente Bachar al-Assad em vários bairros da capital Damasco, mas também em Alepo, a segunda maior cidade do país, até então pouco atingida pela onda de contestação. Enquanto isso o regime repressivo continua sua ofensiva em Homs. Pelo menos 26 pessoas morreram nessa sexta-feira no país.
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As manifestações populares contra o regime de Bachar al-Assad estão se tornando uma tradição nas sextas-feiras na Síria desde que a onda de contestação começou no país há quase um ano. Mas dessa vez os protestos também tomaram conta de Alepo, a segunda maior cidade do país, até então poupada pela oposição. Passeatas também foram registradas, pela primeira vez, em vários bairros nobres de Damasco. A polícia atirou novamente contra os manifestantes, matando pelo menos duas pessoas e deixando dezenas de feridos apenas na capital.
Enquanto o povo continua nas ruas, a repressão do regime fez mais mortos. Segundo as organizações militantes, 26 pessoas foram assassinadas nessa sexta-feira, metade delas apenas no bairro de Baba Amr, em Homs. A cidade, principal bastião da contestação, é alvo de bombardeios contínuos há duas semanas.
Em Damasco, alguns dias após o anúncio de um referendo feito por Bachar al-Assad, o presidente continua prometendo reformas. Nessa sexta-feira, durante um encontro com o primeiro-ministro da Mauritânia, Moulaye Ould Mohamed Laghdaf, o presidente sírio disse que o país se aproximava de um “retorno à calma”.
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