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Síria/violência

Governo sírio rejeita retirada das tropas, acertada com a ONU

O regime do presidente sírio Bashar al-Assad anunciou neste domingo que não irá retirar suas tropas das cidades a menos que a oposição faça “garantias por escrito”. O anúncio acontece dois dias antes da data estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o cessar-fogo entre forças do governo e rebeldes.

Civis participam do funeral de uma mulher e seu filho, mortos perto de Homs pelas forças do governo de Bashar al-Assad, durante o aumento das violências no país nos últimos dias.
Civis participam do funeral de uma mulher e seu filho, mortos perto de Homs pelas forças do governo de Bashar al-Assad, durante o aumento das violências no país nos últimos dias. REUTERS/Shaam News Network/Handout
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“Dizer que a Síria vai retirar suas forças das cidades no dia 10 de abril é incorreto. [O emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria], Kofi Annan ainda não apresentou garantias por escrito da aceitação dos grupos terroristas armados sobre o final de toda forma de violência e de sua intenção de entregar suas armas”, declarou o ministério sírio das Relações Exteriores através de um comunicado. O documento acrescenta que o emissário também não apresentou por escrito o compromisso dos governos do Catar, da Arábia Saudita e da Turquia sobre o fim do financiamento de grupos terroristas. Damasco diz, no entanto, que continua disposta a dar sequencia aos diálogos com a ONU.

Annan reagiu se afirmando “chocado pelo aumento da violência e atrocidades em várias cidades e vilarejos na Síria” nos últimos dias. Ele lembrou, em um comunicado divulgado hoje, que o governo sírio deve respeitar suas promessas.

O plano de saída da crise apresentado pelo emissário e aceito por Damasco no dia 2 de abril prevê a retirada do exército sírio na próxima terça-feira com o objetivo de cessar os ataques 48 horas mais tarde.

As violências na Síria tiveram um grave aumento nos últimos dias em todo o país. Opar Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) contabilizou 128 mortos ontem, entre eles 86 civis. Os combates e bombardeios continuam intensamente hoje; sete pessoas foram mortas na manhã deste domingo.

Desde março de 2011, quando iniciou a revolta contra o governo de Bashar al-Assad, mais de dez mil pessoas perderam suas vidas nos confrontos.
 

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