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Síria/ violência

Tiros contra campo de refugiados sírios na Turquia ferem três

Dois sírios e um intérprete turco ficaram feridos nesta segunda-feira por disparos procedentes da Síria, de acordo com uma fonte diplomática turca. O incidente aconteceu na área de fronteira perto de Kilis (sudeste), onde a Turquia criou um campo para refugiados sírios que fogem do conflito em seu país.

Centro histórico da cidade de Homs, foco da contestação do regime de al-Assad, está destruído pelos bombardeios do Exército.
Centro histórico da cidade de Homs, foco da contestação do regime de al-Assad, está destruído pelos bombardeios do Exército. REUTERS/Karam Abu Rabeh/Shaam News Network/Handout
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Os tiros motivaram um protesto imediato da chancelaria turca à representação síria em Ancara. “Nós convocamos o encarregado de relações com a síria em Ancara para que ele ponha um fim a este incidente”, informou a fonte.

Testemunhas dos tiros afirmam que dois sírios foram mortos, além dos dois feridos. O incidente acontece na véspera de o emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, realizar uma visita ao campo de refugiados. Na quarta-feira, ele segue para Teerã, onde espera conseguir o apoio das autoridades iranianas ao seu plano de saída de crise na Síria.

Amanhã se encerra o prazo para o regime sírio começar a aplicar o plano de paz, aprovado pelo presidente Bashar al-Assad e que prevê a retirada das tropas das ruas. Mas o que se vê é uma intensificação dos combates armados contra a oposição, especialmente nas cidades de Alep, ao norte, e Deir Ezzor, a leste. Segundo o observatório sírio de defesa dos direitos humanos, os combates violentos deixaram hoje pelo menos 12 mortos entre as forças governamentais.

O presidente do Observatório Sírio dos Direitos Humanos, Rami Abdel Rahmane, avalia que o regime pensava em conquistar as cidades antes do prazo fixado pelo plano da ONU e da Liga Árabe para o cessar-fogo, o que não aconteceu. Nas últimas 48 horas, pelo menos 180 pessoas morreram em confrontos, afirma a entidade.

Um porta-voz do Exército Livre da Síria, principal grupo de oposição, afirmou hoje que os rebeldes estão prontos a respeitar o cessar-fogo previsto no plano para saída da crise, mas para isso o regime do presidente deve fazer o mesmo. A China, país que junto com a Rússia vetou duas resoluções contra a Síria, pediu que Damasco cumpra seu compromisso com o cessar -fogo.
 

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