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ONU/Síria

Conselho de Segurança condena Síria por massacre em Houla

O Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou formalmente nesse domingo, após uma reunião de emergência, o governo sírio pela violência que toma conta do país, após o massacre na cidade de Houla, onde mais de 100 pessoas morreram. A crítica, que contou com o apoio inédito da Rússia, foi feita um dia antes da chegada a Damasco do emissário especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, que vai tentar mais uma vez negociar o fim dos confrontos com Bashar al-Assad.

Enterro das vítimas do massacre de Houla, na última sexta-feira.
Enterro das vítimas do massacre de Houla, na última sexta-feira. REUTERS/Shaam News Network/Handout
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Carolina Bonadeo, correspondente da RFI em Nova York

O comunicado produzido nesse domingo pelo Conselho de Segurança da ONU, que critica de forma unânime o governo sírio, foi feito em resposta ao ataque à cidade de Houla, na sexta-feira, onde pelo menos 108 pessoas morreram, entre eles 49 crianças e 34 mulheres. Pela primeira vez desde o início da crise na Síria, há mais de um ano, a Rússia apoiou a condenação das Nações Unidas.

Até agora, todas as tentativas do Conselho de Segurança para criar sanções contra o governo sírio foram bloqueadas pelos chineses e, principalmente, pelos russos. Porém, novas evidências do uso de artilharia pesada contra civis convenceram até mesmo Moscou da urgência em encontrar uma solução para a violência criada pelo regime de Bashar al-Assad.

Nessa segunda-feira, em uma entrevista após se encontrar com o chanceler britânico Wiliam Hague em Moscou, o ministro russo das Relações Exteriores Serguei Lavrov explicou a posição de seu país. “Nós estamos em uma situação na qual as duas partes estão envolvidas”, disse o chanceler ao comentar o massacre de Houla, em referência ao regime sírio e aos opositores. Já a China, sem acusar diretamente o regime de Damasco, pediu que uma investigação seja aberta para esclarecer o massacre.

Kofi Annan em Damasco

A condenação oficial das Nações Unidas pode ser útil nessa segunda-feira, quando o enviado da ONU e da Liga Árabe ao país, Kofi Annan, visita Damasco. O emissário especial fará uma reunião com o presidente sírio e tentará mais uma vez concretizar uma negociação de paz e um verdadeiro cessar-fogo com o governo sírio.

Segundo os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, as negociações dessa semana em Damasco são a última oportunidade para que o conflito seja encerrado com a ajuda da diplomacia internacional, e antes que uma verdadeira guerra civil, com o envolvimento de outros países, se concretize. 

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