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Síria / Violência

Rússia e China se declaram contra intervenção estrangeira na Síria

A Rússia e a China se declararam nesta quarta-feira "resolutamente contra" qualquer intervenção estrangeira e uma mudança de regime na Síria, em um comunicado comum ao final da visita a Pequim do presidente russo Vladimir Putin. As duas nações mantêm o apoio ao presidente sírio Bashar al-Assad apesar da repressão violenta a uma rebelião popular iniciada há 15 meses.

O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Hu Jintao, durante encontro desta quarta-feira, em Pequim.
O presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente chinês, Hu Jintao, durante encontro desta quarta-feira, em Pequim. REUTERS/Mark Ralston/Pool
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"A Rússia e a China são resolutamente contrárias a tentativas para tentar resolver a crise na Síria por meio de uma intervenção militar estrangeira, assim como a fim de impor (...) uma mudança de regime", diz o comunicado.

Essa declaração foi feita poucas horas antes de uma reunião em Istanbul da secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, com os aliados turco, francês e britânico dos Estados Unidos e com certos ministros árabes para falar da crise síria.

A comunidade internacional não consegue ultrapassar suas divergências sobre o tema. Moscou e Pequim rejeitam qualquer interferência nas questões internas sírias, enquanto os ocidentais e certos países árabes querem uma transição política que culmine com a saída do presidente Bashar al-Assad.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, que acompanhou Putin a Pequim, alertou que uma mudança de regime pela força poderia conduzir a região a uma "catástrofe" e considerou " muito arriscado" que a oposição "peça cada vez mais à comunidade internacional que derrube o regime de Assad".

A China e a Rússia pediram ainda uma nova conferência internacional sobre a Síria para "chegar a um acordo e seguir, honestamente e sem ambiguidades, o plano" do emissário internacional Kofi Annan, que prevê um cessar-fogo e um diálogo político, mas que até o momento não teve resultados práticos.

Kofi Annan deve falar nesta quinta-feira diante do Conselho de Segurança e da Assembleia Geral das Nações Unidas, mas segundo diplomatas ele começa a vislumbrar a possibilidade de fracasso do seu plano e deseja que a comunidade internacional utilize toda a sua capacidade de persuasão para fazer com que ele seja respeitado ou encontre um "plano B".

Pequim e Moscou são os principais apoios do poder sírio, tendo vetado duas resoluções do Conselho de Segurança da ONU condenando o regime de Assad.

China e Rússia também se declararam contrárias ao uso de "força militar" e às "sanções unilaterais" contra o Irã, enfatiza o comunicado, divulgado depois que o presidente russo Vladimir Putin encontrou os dirigentes chineses.

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