EUA e Alemanha advertem Síria sobre uso de armas químicas
O presidente Barack Obama ameaçou nesta segunda-feira o governo sírio de graves consequências caso decida usar armas químicas. O alerta foi repetido na manhã desta terça-feira em um comunicado do ministro alemão das Relações Exteriores, que participa de uma reunião interministerial da Otan sobre a situação na Síria.
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"O uso de armas químicas é totalmente inaceitável. Se vocês cometerem o erro trágico de usarem essas armas, haverá consequências e vocês serão considerados responsáveis", disse o presidente americano Barack Obama em um discurso em Washington nesta segunda-feira.
A mensagem clara de Barack Obama ao regime sírio ecoou as advertências feitas durante todo o dia de ontem pela secretária de Estado Hillary Clinton e pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
A insistência do governo americano foi motivada por indícios de que o exército sírio estaria misturando os componentes necessários ao uso militar do gás sarin. Esse composto altamente tóxico provoca uma paralisia completa seguida de morte. Seus componentes químicos são estocados separadamente para evitar acidentes, e o fato de misturá-los constitui uma primeira etapa para seu uso militar.
O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwele, também declarou nesta terça-feira, por meio de um comunicado, que o uso de armas químicas "é totalmente inaceitável". "Exigimos o fim imediato da violência na Síria e a transferência do poder a instituições de transição", acrescentou.
Ele participa nesta terça e quarta-feira de uma reunião de chanceleres da Otan em Bruxelas sobre a situação na Síria. Eles devem aprovar o posicionamento de mísseis Patriot na fronteira síria, a pedido da Turquia. Após o sinal verde da organização, os detalhes serão definidos pelos três países da Otan que possuem mísseis Patriot: Estados Unidos, Alemanha e Holanda.
O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, país que faz fronteira com a Síria, declarou que o uso de armas químicas provocaria uma intervenção internacional. Mas ontem mesmo o regime de Damasco reafirmou, segundo a agência de notícias oficial Sana, que não empregará armas químicas contra seu próprio povo.
Paralelamente, a ONU anunciou nesta segunda-feira a suspensão de suas operações na Síria, devido à degradação das condições de segurança. A União Europeia também decidiu reduzir sua delegação no país ao mínimo necessário.
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