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Mali/ conflito

Número de refugiados do Mali se aproxima de 150 mil

O número de refugiados pelo conflito no Mali já se aproxima de 150 mil, disse hoje o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Os civis em fuga dos confrontos entre radicais salafistas e tropas francesas se dirigem para países vizinhos. Os mais procurados são Mauritânia, Níger, Burkina Faso e Argélia, afirmou a ONU em Genebra.

Para sobreviver aos conflitos no norte do Mali e à instabilidade política do país, quase 60 mil civis buscaram refúgio no Níger em 2012.
Para sobreviver aos conflitos no norte do Mali e à instabilidade política do país, quase 60 mil civis buscaram refúgio no Níger em 2012. ©ACNUR/ H. Caux
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A maior parte dos refugiados são mulheres e crianças. O número de pessoas que estão deixando o norte do Mali em direção a outras localidades dentro do próprio país é ainda maior, de 230 mil malineses.

Somente neste final de semana, a quantidade de pessoas abandonando suas casas aumentou em 30 mil. Em Konna, nada menos do que a metade da população (5 mil pessoas) preferiu fugir da zona de combates atravessando o rio Níger. A Comissão sobre os Movimentos da População no Mali, entretanto, admitiu que tem dificuldades em estabelecer números confiáveis sobre o conflito.

"Teme-se que o número de pessoas afetadas possa ser mais alto, já que houve relatos de que alguns grupos islâmicos impediram as pessoas de se deslocarem para o sul", disse o porta-voz da ONU Eduardo del Buey.

Escassez de comida

O Programa Alimentar Mundial, que distribui comida no país através de nove ONGs, acrescentou que faltam 129 milhões de dólares para responder às necessidades da população em alimentação. No ano passado, o PAM forneceu ajuda a 1,2 milhão de pessoas afetadas pelo conflito.

O norte do Mali caiu sob controle islâmico depois de um golpe militar em março de 2012, desencadeado por uma ofensiva de rebeldes tuaregues que tomou conta do norte do país e o dividiu em dois. A França mobilizou 750 soldados em Bamako, a capital do Mali, e realiza bombardeios aéreos em uma vasta área desértica, dominada por uma aliança islâmica que inclui a "filial" local da Al Qaeda e grupos militantes autóctones Mujwa e Ansar Dine.

Na sexta-feira, a França informou que sua intervenção militar, iniciada a pedido do governo local, vai durar enquanto for necessário para dispersar os rebeldes islâmicos. Paris também pediu pressa aos países africanos na mobilização de uma força regional de apoio ao Exército malinês, conforme prevê a resolução 2.085 do Conselho de Segurança da ONU. O ministério francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, informou que mobilizará progressivamente 2.500 soldados para combater os grupos islamitas.

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