Acesso ao principal conteúdo
Egito/Crise

Partidários de Mursi renunciam a parar e reforçam manifestação

Milhares de partidários do presidente deposto Mohamed Mursi se recusam a abandonar duas praças no Cairo, onde permanecem acampados. Para reforçar o movimento uma nova manifestação de massa foi convocada para essa sexta-feira, última sexta-feira de Ramadã, mês sagrado muçulmano. Já os militares, que integram o novo governo do Egito, deram sinal verde para para que a polícia bote um fim nas ocupações classificadas por eles de "ameaça a segurança nacional", aumentando o risco de novos confrontos.

Partidários do presidente deposto  Mohamed Mursi agitam máscaras com o rosto do dirigente em uma manifestação na quinta-feira no Cairo.
Partidários do presidente deposto Mohamed Mursi agitam máscaras com o rosto do dirigente em uma manifestação na quinta-feira no Cairo. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
Publicidade

Os islamitas exigem o retorno de Mursi, do movimento Iramandade Muçulmana, destituído no dia 3 de julho e denunciam um "golpe militar". Ao menos 300 manifestantes morreram no último mês em confrontos com a polícia e com manifestantes rivais, entre eles 80 islamitas que foram mortos no último sábado pelas forças de segurança na praça Rabaa al Adaouiya, na capital egípcia.

A situação do país vem preocupando a comunidade internacional, que pede que o direito de manifestar seja respeitado. Na noite de quinta-feira, o secretário de Estado americano, John Kerry, se disse "bastante inquieto", mas defendeu a tomada de poder por parte dos militares, garantindo que o ato "reestabeleceu a democracia". A Irmandade Muçulmana condenou rapidamente a declaração de Kerry. "Nos esperamos que os americanos revejam sua posição", reforçou Mohamed Ali Bichr, ex-ministro do governo de Mursi.

O número dois da diplomacia americana, William Burns, é esperado no Egito na noite desta sexta-feira, segundo declaração do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores do Egito. O secretário de Estado adjunto vai se reunir no sábado com o chefe da diplomacia egípcia, Nabil Fahmy. Ele pode ainda se encontrar com o chefe do Estado-maior, o general Abdel Fattah al Sissi, no poder desde a saída de Mursi.

Após a visita nessa semana ao país da chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, o enviado especial da União Europeia no Oriente Médio, Bernardino Leon, também fez o trajeto até o Cairo para tentar acalmar a crise. Na quinta-feira, ele declarou que não toleraria o uso da força para dispersar os manifestantes e pediu uma solução política envolvendo os moderados dos dois campos.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.