Enviados internacionais propõem acordo entre governo egípcio e oposição no Egito
Esforços diplomáticos se intensificam no Egito nesta segunda-feira, 5 de agosto de 2013, com enviados internacionais tentando mediar um acordo entre partidários do presidente deposto, Mohamed Mursi, e o governo interino, apoiado pelos militares.
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Hugo Bachega, correspondente da RFI no Cairo
Representantes dos Estados Unidos, da União Europeia e de países árabes teriam se encontrado nesta madrugada com o número dois da Irmandade Muçulmana, Khairat el Chater, detido na prisão Tora, no sul do Cairo. A informação divulgada pela agência de notícias egípcia Mena não foi confirmada oficialmente e contradiz um desmentido feito algumas horas antes pelo governo interino.
De qualquer maneira, a imprensa local vê esse suposto encontro como um sinal de avanço nas negociações.
Dois senadores norte-americanos devem desembarcar nesta segunda-feira no Egito para uma nova rodada de conversas para por fim ao impasse político no país e à onda de violência, que já matou cerca de trezentas pessoas desde a queda de Mursi, há um mês.
O governo interino disse que daria uma chance às mediações, mas alertou que o tempo era limitado.
O fim de semana foi de relativa tranquilidade no Egito. Milhares de partidários de Mursi seguem participando de vigílias no Cairo, apesar do governo ter prometido dispersar os movimentos, chamando-os de ameaça à segurança nacional.
No domingo, uma Corte do Cairo anunciou que líderes da Irmandade Muçulmana serão julgados neste mês por crimes que incluem incitação à violência durante protestos que antecederam a queda de Mursi.
O anúncio pode complicar os esforços de reconciliação nacional e de transição, que estão sendo rejeitados pela Irmandade Muçulmana.
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