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Quênia/ atentado

Terroristas com reféns permanecem encurralados em shopping no Quênia

O grupo islamista somaliano Al Shebab, responsável pelo ataque que ontem matou pelo menos 59 pessoas em um shopping de luxo em Nairóbi, no Quênia, permanece cercado pela polícia em um dos andares do estabelecimento, neste domingo. As autoridades mantêm a cautela para invadir o local, devido à presença de um número incerto de reféns inocentes.

Região de shopping em Naoróbi foi cercada pelao Exército.
Região de shopping em Naoróbi foi cercada pelao Exército. REUTERS/Thomas Mukoya
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“Um certo número de agressores, entre 10 e 15, continuam no prédio”, declarou o ministro queniano do Interior, Joseph Olé Lenku. Nesta manhã, ele atualizou o número de mortos na tragédia, de 39 para 59. “Nós achamos que há pessoas inocentes no prédio, por isso a operação é delicada.”

Lenku esclareceu que 175 pessoas ficaram feridas nos ataques, iniciados na manhã de sábado. Entre os mortos há duas francesas – mãe e filha –, três britânicos e o poeta ganaense Kofi Awoonor, 78 anos, personalidade conhecida em Gana. O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, anunciou que o seu sobrinho também perdeu a vida na tragédia. Os hospitais da região estão lotados de feridos, entre os quais há muitos estrangeiros, incluindo americanos e britânicos.

O grupo de terroristas, membros da célula somaliana Al Shebab, da Al Qaeda, entrou no shopping Westgate Mall armado com pistolas e granadas, e começou a disparar na multidão. Famílias, funcionários e clientes das lojas foram pegos de surpresa no estabelecimento, um prédio de quatro andares e frequentado pelas classes altas da cidade.

As pessoas foram deixando o centro comercial ao longo do dia, na medida em que as forças de segurança conseguiam penetrar no local e encurralar os terroristas, que reivindicaram ontem o ato através de uma conta oficial no Twitter.

Na manhã deste domingo, novos tiroteios foram ouvidos do interior do shopping. O comando especial israelense integrou hoje a operação, já que empresários de Israel são donos de uma parte do estabelecimento, conforme uma fonte policial declarou à agência AFP.

O acesso da imprensa está proibido. Segundo o Ministério do Interior queniano, os andares superiores do imóvel foram vasculhados, e a operação agora se concentra no subsolo e no térreo.
 

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