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África/Epidemia

Quênia fecha fronteiras para viajantes de países atingidos pelo ebola

O Quênia anunciou neste sábado (16) que vai proibir a entrada em seu território, a partir de quarta-feira, de viajantes provenientes da Guiné, da Libéria e de Serra Leoa, os três países mais afetados pela epidemia de ebola. Segundo um balanço divulgado nesta sexta-feira pela Organização Mundial da Saúde, a epidemia de febre hemorrágica, que atinge também a Nigéria, já matou 1.145 pessoas.

Soldados liberianos vigiam posto de controle em operação para tentar conter a transmissão do vírus ebola no país, o mais afetado pela epidemia que atinge o oeste da África.
Soldados liberianos vigiam posto de controle em operação para tentar conter a transmissão do vírus ebola no país, o mais afetado pela epidemia que atinge o oeste da África. Reuters
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A companhia aérea Kenya Airways anunciou na sequência a suspensão dos voos para esses países a partir de meia-noite da próxima terça-feira. Devido à epidemia, vários Estados e companhias já suspenderam os voos provenientes ou em direção das nações atingidas.

Certos atletas originários dessas regiões não poderão participar da segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude, que começou hoje em Nanquim, na China. O Comitê Olímpico Internacional e o comitê organizador dos Jogos anunciaram nesta sexta-feira que os atletas não serão autorizados a participar dos esportes de combate nem da natação. Ao todo, três participantes serão afastados das competições devido a essa medida.

Além disso, os atletas provenientes da regiões infectadas serão submetidos a controles regulares de temperatura e a exames físicos durante as duas semanas de duração do evento.

Apelo a voluntários

Cerca de 800 voluntários foram formados em Lagos, a maior cidade da Nigéria, para ajudar no combate à epidemia de ebola, que fez quatro mortos no país. O governo regional havia lançado um apelo ao voluntariado, a fim de compensar a falta de profissionais na área da saúde causada por uma greve que já dura seis semanas. Os médicos reivindicam um aumento de salário e melhores condições de trabalho.

Os voluntários foram treinados para procurar as pessoas que tiveram contato com os doentes, informar a população e tratar a doença.

Quatro pessoas morreram por causa da febre hemorrágica e seis pessoas infectadas estão sendo tratadas em Lagos depois que um funcionário público liberiano, Patrick Sawyer, levou o vírus ebola para a megalópole no dia 20 de julho. Ele morreu no hospital no dia 25 de julho.

Em Serra Leoa, o presidente Ernest Koroma anunciou nesta sexta-feira a construção de vários centros de tratamento da febre hemorrágica no país, além dos dois já existentes.

Epidemia já deixou 1.145 mortos

Em cinco meses, a epidemia de ebola, a mais grave desde a aparição dessa febre hemorrágica em 1976, já deixou 1.145 mortos, segundo o último balanço da OMS, que contabilizou os óbitos até 13 de agosto: 380 na Guiné, 413 na Libéria , 348 na Serra Leoa e quatro na Nigéria.

A Nigéria não registrou nenhum caso fora de Lagos, mas as autoridades temem que uma enfermeira infectada ao entrar em contato com Patrick Sawyer tenha transmitido o vírus durante uma viagem a Enugu, cidade situada no sudeste do país. A enfermeira começou a desenvolver os sintomas do Ebola em Enugu e foi transferida a Lagos para ser tratada.

O vírus é transmitido pelo contato direto com o sangue, o esperma, a saliva, o suor, o vômito e as fezes ou tecidos de pessoas ou animais infectados, vivos ou mortos.

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