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África/Ebola

OMS propõe oito tratamentos e duas vacinas contra Ebola

A Organização Mundial de Saúde propôs oito tratamentos e duas vacinas experimentais contra o Ebola. Os medicamentos estão sendo confeccionados em caráter emergencial, mas não devem ficar prontos antes do fim do ano e nenhum deles foi clinicamente comprovado, informou um documento assinado por 200 especialistas da Organização convocados a Genebra para discutir o combate à febre.

OMS libera novos tratamentos experimentais, mas suprimento de medicamentos não estará disponível antes do fim do ano
OMS libera novos tratamentos experimentais, mas suprimento de medicamentos não estará disponível antes do fim do ano facebook.com/WHO
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Em circunstâncias normais, o desenvolvimento e a avalição clínica podem pode levar até dez anos. Mas de acordo com a organização, a atual epidemia exige pressa já que não existe hoje nenhuma vacina ou tratamento específico contra a doença, cuja taxa de mortalidade atual ultrapassa os 50%.

Um destes tratamentos é coquetel americano ZMapp, que foi testado pela primeira vez em seres humanos em julho deste ano e, desde o início de agosto, tem autorização da OMS para ser aplicado de forma experimental. Apesar de ter produzido bons resultados iniciais, ainda não há condições de produção em larga escala do medicamento.

Até agora, menos de dez doses do coquetel foram utilizadas. Espera-se que "algumas centenas" estejam disponíveis no fim do ano. Com relação às vacinas, a organização estima ter vários milhares de doses no fim de 2014 prontas para testes clínicos e aplicação consetida em pacientes.

Ponta do iceberg

Nesta segunda-feira, a União Africana faz uma reunião de emergência para definir uma estratégia continental de combate ao vírus. De acordo com o último número oficial, 1841 pessoas morreram por conta do Ebola. Mas nessa quarta, a diretora geral da OMS, Margaret Chan, afirmou que o número de vítimas ultrapassou 1900.

Os países mais afetados são Libéria, Guiné e Serra Leoa, mas sete casos foram registrados na Nigéria e um no Senegal, onde um guineano infectado entrou de maneira clandestina. Mais de 20 mil pessoas correm o risco de ser infectadas nos próximos seis a nove meses, já que os sistemas de saúde destes países são precários e não têm condições de combater a crise com eficiência.

Hoje a secretária de Estado francesa para o Desenvolvimento e a Francofonia, Annick Girardin, anunciou que viajará entre os dias 11 e 14 de setembro a Dacar (Senegal) e Conakry, na Guiné, para "mostrar o compromisso da França com o combate ao Ebola".

 

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