Forças aéreas britânicas iniciam operações no Iraque contra o grupo Estado Islâmico

Caças das forças britânicas iniciaram neste sábado (27) os primeiros voos de reconhecimento em território iraquiano, mas ainda não bombardearam as posições do grupo Estado Islâmico, segundo o Ministério da Defesa britânico. O Parlamento do Reino Unido votou uma moção nesta sexta-feira que autoriza ataques aéreos no país.

O Reino iniciou suas operações aéreas contra o grupo Estado Islâmico (Reuters)

Os dois aparelhos Tornado decolaram por volta das 07h30 da base de Akrotiri no Chipre e voltaram sete horas mais tarde. Esta é a primeira missão aérea das forças britânicas desde que os deputados autorizaram os ataques no Iraque contra o grupo Estado Islâmico. De acordo com um porta-voz do Ministério da Defesa, os caças estão prontos para os bombardeios “quando alvos apropriados forem identificados.”

A operação “Shader” visa principalmente veículos dos combatentes do grupo Estado Islâmico. Os caças têm o apoio de um avião espião, encarregado de identificar comboios dos jihadistas.

Esta é a primeira vez que as forças armadas britânicas participam de uma intervenção no exterior desde a guerra na Líbia, em 2011. Os seis Tornado, que normalmente ficam na base de Marham, na Inglaterra,voaram para Chipre em agosto. Nas últimas seis semanas, mesmo antes da votação no Parlamento, eles realizaram voos de reconhecimento no espaço aéreo iraquiano.

EUA realizam novos ataques contra o grupo Estado Islâmico

O Pentágono anunciou neste sábado que novos ataques foram efetuados pela coalizão por caças dos EUA, Jordânia, Árabia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Os bombardeios atingiram sete alvos na Síria, de acordo com o comando americano encarregado do Oriente Médio e Ásia Central.

Um prédio do grupo Estado Islâmico e dois veículos armados também foram destruídos na cidade curda de Ain al-Arab. O avanço jihadista provocou a fuga de 160 mil pessoas que se refugiaram na Turquia. O ataque também atingiu um aeroporto controlado pelos jihadistas e um campo de treinamento.

A coalizão também atacou hoje pela primeira vez a província de Homs, no centro da Síria. Os bombardeios visaram o deserto da região, na área de Al-Hammad, a leste da antiga cidade de Palmyre, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A operação também destruiu alvos em Minjeb, controlada pelos jihadistas, na província de Alepo e em Raqa, perto da fronteira turca.

Os ataques na Síria mataram 141 jihadistas, sendo 129 estrangeiros que pertenciam ao grupo. Os Estados Unidos já efetuaram mais de 200 bombardeios desde o dia 8 de agosto e lideram uma coalizão que envolve 50 países. A França participa das operações aéreas desde o dia 19 de setembro no Iraque e poderá intervir na Síria, assim como a Grã-Bretanha, a Dinamarca e a Bélgica.