Justiça da Indonésia mantém condenação à morte para dois australianos
A Justiça da Indonésia rejeitou nesta segunda-feira (6) o recurso de dois australianos condenados à pena de morte por tráfico de drogas. Com essa decisão, a execução da pena capital deve ser anunciada nos próximos dias.
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Em fevereiro passado, Andrew Chan e Myuran Sukumaran condenados à morte por tráfico de heroína em 2006, apelaram da decisão. Mas a defesa afirma que tentaria uma última estratégia e levaria o caso para a Corte Constitucional do país. O presidente indonésio, Joko Widodo, também já rejeitou um pedido de clemência anteriormente.
Outros dez condenados à morte, na maioria estrangeiros, estão no corredor da morte, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte. O procurador-geral da Indonésia afirmou que todos desse grupo, que inclui cidadãos das Filipinas, de Gana, da Nigéria e da própria Indonésia, deveriam passar pelo pelotão de fuzilamento juntos.
Desde a sua chegada ao poder em outubro do ano passado, o presidente Widodo prometeu que seria implacável no combate ao tráfico de drogas. Apesar de diversos apelos de ONGs de defesa de direitos humanos e de chefes de Estado, inclusive da presidente Dilma Rousseff, ele manteve todas as sentenças de morte.
Brasileiro alega problema psiquiátrico para evitar condenação à morte
Rodrigo Gularte foi condenado à execução em 2005 por ingressar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe. A família e a defesa do brasileiro argumentam que ele sofre de esquizofrenia e pedem que ele seja transferido para um hospital psiquiátrico. Gularte se submeteu a um exame psiquiátrico na última terça-feira. O laudo ainda não foi informado.
O outro brasileiro condenado à pena capital por tráfico de drogas, Marco Archer, foi executado em janeiro deste ano. O ex-instrutor de asa delta havia sido preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos em material esportivo.
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