Itália: Matteo Renzi oficializa demissão
Matteo Renzi apresentou ontem a sua demissão. Oficializa-se assim a decisão que já era esperada desde domingo, quando a reforma constitutional proposta pelo primeiro-ministro italiano foi chumbada num referendo.
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O presidente italiano, Sergio Mattarella, encontra-se agora à procura de resolver a crise política instalada com a saída do primeiro-ministro italiano. Para isso, vai hoje reunir-se com os presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados e com o antigo presidente Giorgio Napolitano. Já sábado vai encontrar-se com os líderes dos principais partidos.
Há diferentes hipóteses que se desenham em caso de crise política na Itália. A que o presidente pede é a de criar um governo de coligação que mantenha o a situação política estável até às eleições legislativas de 2018. Caso não o consiga, terá que criar eleições antecipadas.
É, aliás, este o cenário que se está a desenhar cada vez mais: todos os líderes dos partidos exigem que se vote o quanto antes. Matteo Salvini, à cabeça da Liga do Norte, afirmou que "reclama eleições imediatamente, senão vamos convidar os cidadãos a invadirem as ruas". Exactamente o mesmo discurso do partido populista "5 estrelas", comandado pelo comediante Beppe Grillo.
Já o primeiro-ministro Matteo Renzi admitiu que quer agora descansar na Toscania, onde vive a família (ele tinha sido, aliás, presidente da Câmara de Florença), para "organizar um concurso de playstation" com os filhos. No entanto, afirmou também "estar pronto para o combate" e quer também concorrer nas próximas eleições.
As sondagens indicam que, mesmo em caso de eleições antecipadas, o Partido Democrata (de Matteo Renzi) ganharia de qualquer maneira com 32% dos votos. É no entanto seguido de perto pelo Movimento 5 Estrelas.
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