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O adeus a Javier Perez de Cuellar, antigo secretário-geral da ONU

Javier Perez de Cuellar, diplomata que liderou a ONU entre 1982 e 1991, morreu na quarta-feira aos 100 anos de idade. 

Javier Perez de Cuellar, em agosto de 1988
Javier Perez de Cuellar, em agosto de 1988 Mark CARDWELL / AFP
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"Pacifista por natureza e vocação". Era assim descrito Javier Perez de Cuellar, antigo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual o mundo se despede esta sexta-feira, depois da sua morte, na quarta-feira, em casa, devido a causas naturais. 

O velório de Javier Pérez de Cuellar, que tinha completado 100 anos em janeiro, acontece no Ministério das Relações Exteriores do Peru, antes do enterro com honras de chefe de Estado no cemitério Presbitero Maestro, em Lima, com a presença do Presidente do Peru, Martín Vizcarra.

Diplomada de carreira, o político peruano foi o primeiro latino-americano a ocupar o cargo de secretário-geral da ONU.

Em homenagem; o actual secretário-geral das Nações Unidas, o português António Guterres, relembrou, na quarta-feira, o antecessor como “um estadista consumado e um diplomata comprometido, cuja vida durou não apenas um século, mas toda a história das Nações Unidas, desde sua participação na primeira reunião da Assembleia Geral em 1946”.

Guterres lembrou ainda que o peruano “deixou um impacto profundo” tanto na ONU como no mundo, sendo que liderou as nações unidas em “alguns dos anos mais gelados da Guerra Fria".

O secretário-geral da ONU fala ainda de um “papel crucial numa série de sucessos diplomáticos". O caso da independência da Namíbia, o fim da guerra Irão-Iraque, a libertação dos reféns americanos no Líbano ou o acordo de paz na Colômbia.

Javier Perez de Cuellar, que foi também primeiro-ministro do Peru, depois de terminado o mandato na ONU, foi estimulado por diversos grupos políticos para apresentar uma candidatura à presidência do país, em 1995, e enfrentar Fujimori, mas acabou por passar ao lado da eleição.

A derrota eleitoral levou-o a mudar-se para Paris, sendo que apenas voltou ao Peru depois da queda de Fujimori, em 2000, altura em que trabalhou com o presidente Paniagua no governo de transição que dirigiu o país durante oito meses.

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