Acesso ao principal conteúdo
Timor Leste/Covid-19

Timor Leste prolonga estado de emergência até 27 de maio devido ao Covid-19

O Presidente timorense Francisco Guterres "Lu-Olo" promulgou esta esta terça-feira (28/04) o estado de emergência até 27 de maio, medida aprovada ontem no parlamento, para que o país possa continuar a controlar a propagação da pandemia de Covid-19.

Palácio do governo em Dili, capital de Timor Leste
Palácio do governo em Dili, capital de Timor Leste J. Patrick Fischer/Wikimedia Commons
Publicidade

Em mensagem ao país, Francisco Guterres "Lu-Olo", reconheceu, que o estado de emergência tem um grande impacto na economia timorense e que por isso, é essencial que o Governo apoie os trabalhadores, empresas e os habitantes mais vulneráveis.

Precisamos ter coragem para declarar o estado de emergência porque queremos salvar as pessoas que é a maior riqueza que existe, as outras riquezas podemos recuperar, mas a vida humana não se recupera”, afirmou "Lu-Olo".

A declaração do chefe de estado acontece um dia depois do parlamento ter decretado o prolongamento do estado de emergência durante mais 30 dias, até 27 de maio, medida pedida pelo Governo e autorizada pelo parlamento, que a aprovou por 37 votos a favor, 23 contra e 4 abstenções.

Timor Leste regista 22 casos positivos de Covid-19, já foram efectuados 597 testes e aguardam-se os resultados de 206, entre os quais 26 realizados em Liquiçá, onde foram detectados 2 casos de coronavírus.

Actualmente há 40 profissionais de saúde, num total de 411 pessoas em quarentena e auto-confinamento voluntário, das quais 363 em instalações preparadas pelo governo, segundo dados fornecidos à agência Lusa por Odete Viegas, porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise - CIGC.

Entretanto mais de 15 toneladas de equipamento e material médico doado pela China, incluindo 90 ventiladores portáteis, chegam a Dili esta terça-feira (28/04).

O governo timorense criou o Fundo Covid-19 com 150 milhões de dólares, para com a par da Conta do Tesouro financiar medidas sanitárias e socio-económicas de resposta à pandemia de Covid-19.

Admitindo que “não é fácil” declarar o estado de emergência, porque isso vai suspender vários direitos, liberdades e garantias, "Lu-Olo" disse que “o direito à vida é o mais importante” e que o Estado “tem o dever de proteger” a população.

O chefe de Estado recorda que as medidas implementadas, como o encerramento de fronteiras a obrigação das pessoas ficarem em quarentena, quando entrarem no país, ajudou a detectar os casos de Covid-19.

Porque ainda não temos testes em massa, é difícil saber exatamente quantas pessoas já estão contaminadas pelo vírus corona”, afirmou.

"Lu-Olo" disse ainda que é vital estudar as experiências de outros países, especialmente na região, para “não cometer os mesmos erros, referindo que algumas nações pensaram já estar livres da doença, mas os casos voltaram a aumentar incluindo na vizinha Indonésia e há a possibilidade de transmissão em Liquiçá e Díli", pelo que insistiu "não podemos diminuir as medidas de prevenção e controlo".

Timor Leste não optou pelo 'lock-down' mas por medidas menos restritas mas que podem ser revistas “dependendo da evolução da doença no país”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 210 mil mortos e infectou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios, enquanto mais de 818 mil doentes foram considerados curados.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.