Igreja católica critica governo italiano que não quer autorizar missas
Itália é o país mais fustigado pela pandemia do coronavírus, mas o governo italiano pensa que já é tempo de um levantamento progressivo do confinamento a partir de 4 de Maio. Com uma excepção de que as igrejas não poderão ainda celebrar missas provocando assim críticas sevaras dos bispos católicos.
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O primeiro ministro italiano, Giuseppe Conte, divulgou ontem a segunda fase do plano de levantamento progressivo do confinamento a 4 de maio. As missas continuam proíbidas mas os funerais autorizados e alargados a um máximo de 15 pessoas.
O governo italiano prevê ainda a abertura das fábricas e museus o que é criticado pelo seu comité científico que chama a atenção para riscos incontornáveis.
Sobre a continuação do confinamento aos fiéis católicos, os bispos reagiram dizendo não aceitar que o exercício da liberdade de culto seja comprometido.
Bispos católicos versus governo italiano
A conferência episcopal italiana vinha negociando há semanas a securização das missas com a ministra do Interior, Luciana Lamorgese.
O Papa Francisco que habitualmente fica à margem da vida política italiana deu luz verde à publicação das críticas dos bispos no portal da Net do Vaticano.
Personalidades de todos os quadrantes políticos reagiram apoiando a posição da Igreja e criticando as autoridades italianas.
Assim, o primeiro ministro, Giuseppe Conte, achou por bem dizer que o seu governo trabalha para definir um protocolo de segurança máxima garantindo aos fiéis participar nas celebrações litúrgicas.
Uma nota dissonante no seio da Igreja é o bispo Derio Olivero, da região de Piemonte no noroeste da Itália, que escapou à morte depois de ter sido infectado pelo coronavírus que apelou à prudência dos bispos sublinhando não estarmos em tempo de refilar mas de colaborar com o governo.
Itália levanta progressivamente o confinamento
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