Recta final da campanha para as eleições presidenciais nos EUA

As eleições presidenciais norte-americanas de terça-feira, 3 de Novembro, acontecem num clima de fortes tensões, nomeadamente relacionadas com a crise sanitária. Os eleitores temem pela reacção de Donald Trump em caso de vitória do rival democrata.

Centenas de pessoas à espera par votar antecipadamente na Câmara Municipal da Filadélfia, Outubro 2020. © AFP

Na recta final da campanha para as eleições de amanhã, Donald Trump luta para não ser o primeiro Presidente, em mais de 25 anos a não conquistar um segundo mandato. Joe Biden procura o voto dos eleitores afro-americanos, na Filadélfia.

O candidato democrata considerou que a "manipulação" de Donald Trump, sobre a pandemia foi "quase criminosa", acrescentando que atingiu especialmente a comunidade afro-americana.

Em véspera de eleições, Donald Trump e Joe Biden estão a concentrar-se nas bases de apoio e a apelar ao voto. 

Alguns Estados são cruciais na escolha entre o democrata Joe Biden e o Presidente republicano. A Pensilvânia pode ser para estas eleições o que a Flórida foi em 2000 - o estado que decide quem vence. Donald Trump ganhou na Pensilvânia há quatro anos, mas a região de valores conservadores não gosta do estilo do Presidente. 

O candidato democrata continua a insistir no problema da Covid-19. Na Filadélfia, Joe Biden salientou que para vencer o novo coronavírus é preciso primeiro vencer Donald Trump que é também "um vírus".

"Existe uma diferença entre dois candidatos à Casa Branca na forma como abordam a pandemia: um acha que se deve ouvir peritos e depois tomar decisões mais informadas. Estamos a viver uma situação sem precedentes e é normal que erros sejam cometidos. A OMS cometeu erros, o mesmo aconteceu com vários governos no mundo. Para Donald Trump não interessam avaliações subjectivas, mas sim satisfazer uma parte da população, de quem precisa para ganhar as eleições", lembra o investigador português na Flórida, João Pedro Ferreira.

Em plena crise sanitária e económicas, os eleitores norte-americanos votam mais do que em 2016. 91 milhões de eleitores já votaram por antecipação.

A Turquia quer escrever um novo capítulo nas relações com os Estados Unidos, como nos explica o nosso correspondente em Ancara, João Pedro Tavares.

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Correspondência da Turquia, 2/11/2020