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Eleições americanas, as mais concorridas de sempre

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Faltam dois dias para as eleições nos Estados Unidos da América (EUA) e é possível que, até dia 3 de Novembro, mais de 150 milhões de eleitores tenham votado de forma antecipada.

Candidatos à Casa Branca: Joe Biden (esquerda) e Donald Trump (direita)
Candidatos à Casa Branca: Joe Biden (esquerda) e Donald Trump (direita) AFP
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Apesar da pandemia, de atrasos na entrega de boletins por correio, os eleitores norte-americanos não desistem de votar e a barreira dos 150 milhões de votos pode ser ultrapassada pela primeira vez.

O número recorde de votos antecipados representa cerca de 65% dos eleitores registados em 2016. A corrida ao voto pode explicar-se pelo interesse suscitado pelo duelo Trump-Biden, mas também pela epidemia do novo coronavírus. 

A pandemia continua a ser a principal preocupação dos eleitores, lembra o apoiante democrata Guenny Pires, antropólogo cabo-verdiano a viver na California.

"Se o democrata for para a Casa Branca há possibilidades de controlar o vírus, pelo menos minimizar os efeitos desta pandemia. Os republicanos não tinham plano, caso contrário já o teria implementado e os números não enganam", lembra o apoiante democrata.
"O impacto foi sério e continua a ser sério, mas nós temos de continuar a viver, trabalhar e governar e não podemos fazer isso se ficarmos em casa com medo", afirma o republicano Manuel Santos.

 Na maior parte dos Estados, os eleitores têm a hipótese de votar por correspondência ou antecipadamente nas mesas de voto, até dia 3 de Novembro.

Supremo Tribunal norte-americano

Em Setembro, Donald Trump apressou-se em nomear uma sucessora para a vaga deixada pela juíza Ruth Bader Ginsburg, a ultraconservadora Amy Coney Barrett foi a escolha do Presidente norte-americano. Trump já tinha nomeado dois conservadores para o Supremo Tribunal, Neil Gorsuch em 2017 e Brett Kavanaugh em 2018.

O republicano Manuel Santos, que concorreu pelo Estado de Connecticut à Câmara dos Representantes em 2018, lembra as escolhas de Trump.

"O Presidente Trump já nomeou três juízes e são excelentes. A única mudança de que se fala é aumentar o número de juizes", descreve o republicano Manuel Santos.

O Supremo Tribunal norte-americano tem nove juízes, todos com cargo vitalício, normalmente dividido entre a ala liberal, formada juízes escolhidos por presidentes democratas, e outra ala conservadora, composta por juízes indicados por presidentes republicanos. 

"Nunca se deveria nomear juízes para Supremo Tribunal nesta altura, a faltar uma semana das eleições. Acredito que se o democratas ganharem a Casa Branca e o Senado é possível que haja a introdução de novos juízes para equilibrar a balança", responde Guenny Pires.

"A insistência de Trump pouco importa"

"A insistência de Trump pouco importa. Nada pode impedir que os eleitores deste país votem desta forma extraordinária para retomar o controlo desta democracia", afirmou Joe Biden em campanha em Flint, no Estado de Michigan

Em campanha em Newton, na Pensilvânia, Donald Trump, brincou com as críticas do adversário quando à gestão da sua administração na crise sanitária. Os Estados Unidos registaram 229.000 mortes desde o início da epidemia no país.

"Biden não diz outra coisa que Covid para aqui, Covid para ali"

"Ontem ouvi Joe Biden. Tudo o que ele diz é Covid. Não diz outra coisa que Covid para aqui, Covid para ali", declarou. O Presidente norte-americano garantiu que "faltam poucas semanas" para a distribuição massiva de vacinas contra o coronavírus nos Estados Unidos.

Donald Trump afirmou várias vezes que o voto por correspondências poderia criar fraude eleitoral e que apenas os resultados da noite das eleições deveriam contar, quando a contagem dos votos antecipados demorará vários dias. 

Sondagens

As últimas sondagens continuam a favorecer Joe Biden a Donald Trump a nível nacional, mas os resultados continuam incertos em muitos Estados.

Donald Trump e os republicanos estão à espera de uma corrida ao voto no dia do escrutínio, 3 de Novembro. Joe Biden e a campanha democrata estão a contar com o voto antecipado para assegurar Estados que votaram em Trump em 2016.

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