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Nicarágua

Eleições na Nicarágua marcadas por repressão

Na Nicarágua decorrem esta domingo, 7 de Novembro, eleições gerais, que devem dar ao Presidente Daniel Ortega, com 75 anos, o quarto mandato consecutivo.

Presidente da Nicarágua Daniel Ortega e a sua mulher, a vice presidente Rosario Murillo.
Presidente da Nicarágua Daniel Ortega e a sua mulher, a vice presidente Rosario Murillo. Inti OCON AFP/File
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No poder desde 2007, Daniel Ortega volta a ser candidato pela quarta vez consecutiva, enfrentando cinco candidatos, todos desconhecidos e apontados como colaboradores do governo.

Estas eleições ficam marcadas por violência e suspeitas de fraude. Todos os candidatos com possibilidades de vencer o actual Presidente foram detidos ou forçados a sair do país.

Cerca de 150 opositores, incluindo sete pré-candidatos, foram presos na Nicarágua e três partidos políticos foram proibidos.

Os Estados Unidos pedem "a libertação imediata e incondicional" de todos os políticos, jornalistas, estudantes e empresários da oposição presos, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Jalina Porter.

O governo de Joe Biden disse que vai trabalhar para aumentar a pressão sobre Daniel Ortega, juntamente com países como Canadá, União Europeia e parceiros da América Latina e do Caribe.

A vice-presidente, Rosario Murillo, é mulher de Daniel Ortega, que ele chama de “co-presidenta”. O casal é líder da Frente Sandinista de Libertação Nacional.

Os Estados Unidos consideram que a Nicarágua vai consolidar uma "ditadura" com a previsível vitória de Daniel Ortega, numas eleições vistas como "uma farsa" e que será necessário  todo o peso jurídico e diplomático para restaurar a via democrática no país.

"Ortega e sua esposa e vice-presidente Rosario Murillo conseguiram fazer destas eleições um escrutínio sem oposição, este não será um mandato democrático", afirmou na sexta-feira o chefe da diplomacia americana para a América Latina, Brian Nichols.

Analistas estimam que a crise política da Nicarágua, agravada depois de protestos contra Ortega, em 2018, e cuja repressão tirou a vida a mais de 300 pessoas, também estará presente na Cimeira pela Democracia organizada por Joe Biden em Dezembro.

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