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Coreia do Sul

Novo PR da Coreia do Sul investido em clima de tensão com Pyongyang

Foi investido hoje por um mandato de cinco anos o novo Presidente sul-coreano, Yoon Suk-Yeol, que no seu discurso de tomada de posse apelou a vizinha Coreia do Norte a renunciar ao seu arsenal nuclear em troca de ajuda económica massiva. Isto acontece numa altura em que os dois países atravessam um período de fortes tensões, com Pyongyang a efectuar pelo menos 15 tiros de mísseis desde o início do ano, dos quais 2 na semana passada.

Yoon Suk-Yeol, novo Presidente da Coreia do Sul.
Yoon Suk-Yeol, novo Presidente da Coreia do Sul. AFP - KIM HONG-JI
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«Se a Coreia do Norte se encaminhar verdadeiramente num processo de desnuclearização completo, vamos apresentar um plano ambicioso que vai reforçar consideravelmente a economia norte-coreana e vai melhorar a qualidade de vida da sua população» prometeu hoje o novo Presidente da Coreia do Sul que na sua tomada de posse também afirmou que «o arsenal atómico do seu vizinho é uma ameaça para a segurança mundial».

Desde o início do ano, o seu homólogo da Coreia do Norte, ordenou pelo menos 15 tiros de mísseis, não escondendo a sua intenção de ir mais além no seu programa de armamento. Tanto Seul como Washington acreditam aliás que em breve Pyongyang poderia retomar os seus ensaios nucleares.

Aos 61 anos, este dirigente conservador chegado à política há cerca de um ano depois de uma carreira de 26 anos como procurador, ascende ao poder no seu país num contexto pouco favorável.

Eleito em Março por um fio, o novo chefe de Estado que pretende adoptar uma linha mais dura face à Coreia do Norte e estreitar ainda mais os laços com os Estados Unidos cujo Presidente é esperado no país em finais deste mês, beneficia de uma taxa de popularidade de apenas 41%, uma das mais baixas da História da democracia sul-coreana.

Num país onde as desigualdades sociais e o aumento do custo de vida têm alimentado alguma tensão, o custo da sua cerimónia de investidura (2,5 milhões de Euros), assim como a mudança repentina e cara -por sua iniciativa- da presidência da chamada ‘Casa Azul’ para as instalações do antigo Ministério da defesa no centro da capital, alegando que o antigo palácio presidencial construído durante a colonização japonesa era um «símbolo do poder imperial», chocaram uma franja da opinião pública sul-coreana.

Actualmente, a Coreia do Sul, décima economia mundial, conhece o seu mais forte crescimento em 11 anos apesar da pandemia. No começo do ano, o Banco central do país deu conta de um crescimento de 4% do PIB sul-coreano comparativamente ao ano de 2020, mas as autoridades do país também reconheceram que a taxa de inflação está no nível mais alto dos últimos dez anos.

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