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Estados Unidos

Estados Unidos: Democratas mantêm controlo do Senado e frustram "onda vermelha"

O partido democrata conseguiu manter o controlo do Senado norte-americano após uma vitória de Catherine Cortez Masto no estado de Nevada, nas eleições intercalares de 2022. Com esta vitória, a segunda volta no estado da Geórgia a 6 de Dezembro deixa de ser decisiva para determinar quem controla a câmara alta dos Estados Unidos. 

O partido democrata venceu a disputa pelo Senado norte-americano nas eleições intercalares de 2022.
O partido democrata venceu a disputa pelo Senado norte-americano nas eleições intercalares de 2022. © iStock
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Quatro dias após a votação para as eleições intercalares nos Estados Unidos, a futura composição da Câmara dos Representantes e do Senado começa a ser definida. Enquanto todos esperavam que uma “onda vermelha” garantisse o controlo das duas câmaras ao partido Republicano, o resultado acaba por aliviar as esperanças dos democratas.

Numa disputa renhida pelo controlo do Senado, a candidata democrata à reeleição no estado de Nevada, Catherine Cortez Masto, conseguiu impor-se contra o candidato republicano, Adam Laxalt, por 48,77% a 48,11%. Com este resultado, o partido Democrata alcançou o número de 50 senadores, contra 49 republicanos, e consegue manter o controlo do Senado norte-americano.

O último estado por definir é a Geórgia, onde um segundo turno entre o republicano Herschel Walker e o democrata Raphael Warnock foi agendado para 6 de Dezembro. Porém, com este resultado em Nevada, a corrida na Geórgia deixa de ser decisiva para definir quem controla a câmara alta dos Estados Unidos.

Em caso de vitória do republicano Herschel Walker, ambos partidos alcançariam um empate técnico de 50 senadores, garantindo o voto de Minerva (desempate) à vice-presidente Kamala Harris.

A disputa pela Câmara dos Representantes continua, o apuramento indica que os republicanos estão a poucas cadeiras de conquistar a maioria de 218 representantes na câmara baixa. Com 20 vagas por definir, o Grande Velho Partido lidera a corrida com 211 representantes, contra 204 do partido Democrata.

Com as projecções das cadeias de televisão norte-americanas a indicarem uma curta maioria de 220 representantes republicanos contra 215 democratas, a esperada “onda vermelha” acaba por não se materializar, frustrando o ex-presidente Donald Trump que pretendia utilizar as eleições intercalares como plataforma mediática para a sua candidatura à presidência em 2024.

Uma eleição marcada por atrasos

Esta eleição foi marcada pelo atraso no apuramento em diversos estados. Cinco dias após a votação, a contagem de votos ainda prossegue por todo o país, situação esta que tem levado os cidadãos norte-americanos a criticarem a organização do escrutínio.

O atraso no apuramento está relacionado à autonomia dos estados para definirem as leis de votação.

Em 2020 à margem das eleições presidenciais e em plena época de pandemia, diversos estados decidiram facilitar o processo ao permitirem o voto por cédulas de correio. Devido ao recorde de participação, muitos estados decidiram manter estas leis em 2022, enquanto outros optaram por leis restritivas, como o estado do Texas que proibiu que presos votassem.

Para que uma cédula seja contada, ela precisa ser carimbada no dia da eleição, mas dependendo da localidade, a cédula enviada por correio pode demorar até quatro dias para chegar ao local de votação, atrasando ainda mais o apuramento das eleições.

Esta medida foi amplamente criticada em 2020 pelo ex-presidente Donald Trump, que alegou que este tipo de processo abriria espaço para eventuais fraudes eleitorais.

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