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Guerra na Ucrânia

Acordo sobre exportação de cereais prolongado por quatro meses

O acordo entre Moscovo e Kiev para a retirada de cereais da Ucrânia foi renovado durante mais quatro meses, anunciaram as autoridades ucranianas e turcas. A Turquia foi o mediador do acordo inicial em Agosto, com Recep Tayyip Erdogan a garantir que este é um acordo essencial para a segurança alimentar no Mundo.

O acordo dos cereais que vão sair da Ucrânia pelo Mar Negro foi renovado por mais quatro meses.
O acordo dos cereais que vão sair da Ucrânia pelo Mar Negro foi renovado por mais quatro meses. AFP - HANDOUT
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O acordo que permite a retirada de cereais da Ucrânia através do Mar Negro foi renovado por quatro meses. Antes da invasão por parte da Rússia, a Ucrânia era uma dos maiores exportadores mundiais de cereais e a guerra veio abalar os mercados internacionais, deixando numa situação precárias muitos países que dependiam destes cereais para a farinha e derivados como diferentes rações de animais.

O acordo foi originalmente negociado em Agosto entre Kiev e Moscovo com mediação da Turquia, com Recep Tayyip Erdogan, Presidente turco a dizer hoje nas redes sociais que este continua a ser um acordo essencial para restabelecer a segurança alimentar no Mundo.

Também o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que participou na mediação já felicitou o prolongamento desta iniciativa, que continua a mostrar a importância da diplomacia mesmo num contexto de conflito.

Este acordo já conseguiu fazer sair da Ucrânia cerca de 11 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas dos diferentes portos do país. Cerca de 40% destes cereais foram encaminhados para países em vias de desenvolvimento.

As negociações aceleraram-se nas últimas semanas, já que o acordo original chegava ao fim nesta sexta-feira, havendo ainda cerca de 10 milhões de toneladas de cereais nos celeiros ucranianos. Há cerca d eum mês, a Rússia disse querer mesmo terminar o acordo, quando a Crimeia foi atingida por artilharia ucraniana.

A Rússia quer que também os seus cereais voltem a ser exportados, e apesar de esta categoria de bens alimentares não estar incluída nas sanções internacionais, os riscos de exportar cereais russos através do Mar Negro devido aos bombardeamentos, fizeram com que os armadores deixassem de os transportar já que não conseguem apólices de seguro para estas travessias.

Estas negociações serviram também para enquadrar estas exportações russas, voltando a atrair o sector privado para transportar estes produtos.

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