Israel volta a disparar mísseis contra o Hamas no Líbano e em Gaza
O exército de Israel anunciou na noite quinta-feira a realização de "ataques aéreos estratégicos" contra posições do Hamas na Faixa de Gaza e no Líbano. Esta escalada de tensões começou quando a polícia israelita entrou em confronto com palestinianos na mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém, e piorou com o lançamento de foguetes desde a fronteira do Líbano.
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Foi durante a noite de quinta-feira, dia 6, que o exército de Israel voltou a estar activo sobre os céus do Médio Oriente. De acordo com o Ministério da Defesa, a Força Aérea israelita efectuou diversos ataques aéreos “estratégicos” contra quatro objectivos do Hamas na Faixa de Gaza, na Cisjordânia, e no sul do Líbano.
Esta operação é uma resposta, segundo as autoridades nacionais, aos ataques efectuados horas antes contra o território de Israel desde o sul do Líbano, o maior desde a guerra entre os dois países em 2006, que teria sido motivado pelos confrontos entre a polícia israelita e palestinianos na mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém.
O Ministério da Defesa de Israel apontou num comunicado que cerca de 44 foguetes foram lançados contra Israel desde o Líbano e de Gaza durante a noite. Destes 44 foguetes, 9 não cruzaram a fronteira, 12 caíram mar, 14 caíram em áreas abertas dentro das fronteiras de Israel, 1 caiu numa área povoada, e outros 8 foram interceptados pelo Domo de Ferro (Iron Dome)
Por enquanto nenhum grupo reivindicou os ataques contra Israel.
O veículo de comunicação Al-Manar, vinculado ao grupo militante libanês Hezbollah, informou que três mísseis israelitas atingiram uma área aberta na região de Tyre, no sul do país. A agência nacional de notícias do Líbano disse que as áreas afectadas eram maioritariamente agrícolas, e relatou danos em casas e carros, gado e outras infra-estruturas.
Paralelamente na Cisjordânia, duas mulheres israelitas morreram durante um tiroteio.
Estas tensões no Médio Oriente durante o período do Ramadão continuam a escalar apesar dos apelos internacionais para que se evitem conflitos. O exército israelita justificou a operação culpabilizando o Hamas, e reiterou que “não permitirá que facções palestinianas abram uma nova frente no Líbano”.
Desde a semana passada o exército de Israel voltou a efectuar ataques aéreos contra a Síria por múltiplas vezes, com ataques que chegaram a atingir um aeroporto em Damasco com aviões civis por perto.
O governo francês foi o primeiro a reagir e reiterou nesta manhã o seu apoio à segurança de Israel e a “estabilidade e soberania” do Líbano. O comunicado oficial publicado pela diplomacia francesa pede a todas as partes que evitem uma nova escalada de tensões e condenou o ataque realizado contra o território israelita.
O governo russo por sua vez também exortou ambos os lados a evitar a escalada dos confrontos e da violência.
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