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Futebol Feminino

Jéssica Silva: «Uma presença no Mundial de futebol feminino significa muito sacrifício»

Portugal e Vietname defrontam-se nesta quinta 27 de Julho em Hamilton, na Nova Zelândia, num jogo a contar para a segunda jornada do Grupo E do Campeonato do Mundo de futebol feminino.

Jéssica Silva (centro), internacional portuguesa.
Jéssica Silva (centro), internacional portuguesa. © AFP - SANKA VIDANAGAMA
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Tudo ou nada para Portugal neste segundo jogo do Mundial de futebol feminino. As portuguesas, que perderam frente aos Países Baixos por 1-0, vão agora defrontar a equipa asiática do Vietname.

De notar que em 16 confrontos com selecções a Confederação Asiática, Portugal venceu três vezes, empatou seis e perdeu em sete ocasiões. No entanto, a Selecção das Quinas nunca defrontou o Vietname.

As vietnamitas também estão na mesma posição do que as atletas lusas, visto que perderam na primeira jornada por 3-0 frente aos Estados Unidos, a actual selecção campeã do mundo.

O Vietname conta nas suas fileiras com uma única jogadora a actuar na Europa, Huynh Nhu, avançada de 31 anos que joga... no Länk Vilaverdense em Portugal.

Antes deste jogo decisivo, a RFI recolheu as declarações de Jéssica Silva, avançada de 28 anos que joga actualmente no SL Benfica, ela que já representou o Clube de Albergaria e o Sporting de Braga em Portugal, o Levante em Espanha, o Linkoping FC na Suécia, o Kansas City nos Estados Unidos e o Lyon em França.

Jéssica Silva, internacional portuguesa, admitiu que são necessários muitos sacrifícios para chegar a este patamar, para a Selecção Portuguesa estrear-se no Mundial de futebol feminino. A jogadora de 28 anos também abordou a derrota frente aos Países Baixos, revelando que as atletas lusas estavam algo nervosas.

RFI: Frente aos Países Baixos, teve de intervir para acalmar as suas colegas de equipa?

Jéssica Silva: Nós estávamos um bocadinho ansiosas, íamos buscar a bola a correr. Tínhamos mesmo de manter alguma calma. Elas estavam por cima no jogo, nós não conseguíamos construir, não conseguíamos nos instalar no meio-campo ofensivo. E, às vezes, frustradas, íamos buscar a bola rápido, para chegar rapidamente à baliza adversária. Faltou-nos um bocadinho de discernimento, mas é normal, somos estreantes nesta competição, é importante dizer isto. Nós estamos a aprender, vai-nos tornar jogadoras mais experientes, e eu como uma das mais experientes, tento ajudar a equipa nesse sentido. Vamos melhorar.

RFI: O que podemos dizer do jogo frente às neerlandesas?

Jéssica Silva: Na segunda parte, frente aos Países Baixos, estivemos mais perto de fazer golo, mas não conseguimos. Não criámos uma ocasião de golo clara, mas conseguimos impor o nosso futebol. Aquilo que nós queremos, e que vamos continuar a trabalhar, é essa parte, conseguirmos chegar à baliza com pragmatismo porque queremos fazer golos, queremos mostrar que somos uma equipa que consegue fazer golos, para fazer as outras equipas sofrerem.

RFI: Qual foi a sensação ao ouvir o hino de Portugal?

Jéssica Silva: Muita, muita emoção. Eu estava a tentar conter-me. Foi difícil. É um jogo, uma presença, que quer dizer muita coisa: quer dizer uma carreira, quer dizer muita luta, quer dizer muito ‘sacrifício’, porque quem corre por gosto nunca cansa. Cada uma de nós escreve uma história e todas juntas fazemos um livro incrível. A verdade é que foram tantos os obstáculos, tantas as derrotas para conseguirmos estar aqui. Então estarmos aqui, no Mundial, acaba por ser muito emocionante. Nós estamos todas muito orgulhosas de estarmos aqui. É algo que dedicamos às nossas famílias, aos nossos adeptos, a quem nos apoia desde sempre, a quem não nos largou a mão, a quem sempre acreditou em nós. E, portanto, é algo que me deixa satisfeita. Isso já ninguém mo tira.

RFI: Os golos ficaram para o jogo frente ao Vietname?

Jéssica Silva: Claro que sim, vai haver golos sem dúvida alguma. Fica prometido..

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Jéssica Silva, avançada de Portugal 24-07-2023

Jéssica Silva, avançada portuguesa.
Jéssica Silva, avançada portuguesa. © AFP - BEN STANSALL

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