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#Mudanças Climáticas

Verão 2023 no hemisfério norte foi o mais quente de sempre

Junho, Julho e Agosto, os três meses do verão no hemisfério norte, tiveram as temperaturas médias mundiais mais elevadas desde que há registos. O anúncio foi feito, esta quarta-feira, pelo Programa de Observação da Terra da União Europeia, Copernicus, que alertou que este ano poderá vir a ser o mais quente da história.

Puy-Saint-Martin, França, onde as temperaturas atingiram 43 graus a 22 de Agosto de 2023.
Puy-Saint-Martin, França, onde as temperaturas atingiram 43 graus a 22 de Agosto de 2023. AFP - JEFF PACHOUD
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O Programa de Observação da Terra da União Europeia, Copernicus, alertou que os meses de Junho, Julho e Agosto, ou seja, o verão no hemisfério norte, foram marcados por uma temperatura média mundial de 16,77 graus Celsius, "de longe a mais quente já registada no mundo”. Os valores ficam 0,66°C acima da média no período 1991-2020, que também registou um aumento das temperaturas médias do planeta devido às mudanças climáticas. Julho foi o mês mais quente de sempre e, em segundo lugar, aparece Agosto de 2023.

Por outro lado, nos oito primeiros meses do ano, a temperatura média do planeta esteve "apenas 0,01°C atrás de 2016, o ano mais quente já registado". O observatório avisa que 2023 poderá bater todos os recordes. “Dado o excesso de calor na superfície dos oceanos, 2023 provavelmente será o ano mais quente (...) que a humanidade já conheceu", de acordo com Samantha Burgess, vice-directora do departamento de mudanças climáticas (C3S) do Copernicus.

O período 2015-2022 é, também, o mais quente já registado. Em causa, o sobreaquecimento dos oceanos, que continuam a absorver 90% do excesso de calor provocado pela actividade humana desde o início da era industrial. Desde Abril, a temperatura média da superfície dos oceanos regista níveis de calor inéditos.

Em comunicado, o secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que "o colapso climático começou" e lembrou que os cientistas alertam há muito contra as consequências da nossa dependência aos combustíveis fósseis. Este verão foi marcado  por ondas de calor, secas, inundações e incêndios na Ásia, Europa e América do Norte. Também se atingiram recordes de calor em pleno inverno no hemisfério sul.

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