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#Migrantes

Bruxelas apela à solidariedade perante chegada recorde de migrantes a Lampedusa

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentou, este domingo, em Lampedusa, um plano de emergência para ajudar a Itália a gerir a chegada recorde de migrantes à ilha. Ursula von der Leyen exortou os países europeus a serem mais solidários na repartição dos requerentes de asilo e admitiu que o plano vai intensificar as operações de controlo no mar.

Ilha de Lampedusa, 16 de Setembro de 2023.
Ilha de Lampedusa, 16 de Setembro de 2023. AFP - ZAKARIA ABDELKAFI
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Foi depois de visitar o centro de migrantes de Lampedusa com a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen apresentou um plano para ajudar a Itália a gerir a chegada recorde de migrantes à ilha. Só entre segunda e quarta, chegaram 8.500 pessoas à ilha, mais do que toda a população local, de acordo com a ONU.

O plano quer distribuir melhor os requerentes de asilo entre os países europeus, promete intensificar assistência à Itália por parte da Agência da União Europeia para o Asilo e da Frontex (agência de guarda costeira e de fronteiras da UE) no que toca ao registo, recolha de impressões digitais e entrevistas. Por outro lado, Bruxelas quer que a Frontex intensifique as operações de controlo no mar e que se "estudem opções para estender as missões navais ao Mediterrâneo".

A Comissão europeia quer, também, facilitar a transferência de pessoas que chegam a Lampedusa para outros países europeus e Ursula von der Leyen exortou os países-membros a utilizarem o mecanismo de solidariedade voluntária, sem mencionar a Alemanha que, recentemente, decidiu deixar de receber migrantes que chegam a Itália.

O plano quer, também, melhorar o diálogo com os países de origem com vista à readmissão dos cidadãos que não reúnam condições de asilo, em particular Guiné-Conacri, Costa do Marfim, Senegal e Burkina Faso.

Bruxelas prevê mais acordos com os países de origem e de trânsito para reduzir o número de partidas, em particular com a Tunísia, onde embarca a grande maioria das pessoas que chegam a Lampedusa.

Por outro lado, a Comissão quer “aumentar as campanhas de sensibilização e comunicação para dissuadir as travessias do Mediterrâneo”, ao mesmo tempo que quer “continuar a trabalhar para oferecer alternativas como canais legais” de imigração.

Mais de 127.000 migrantes chegaram às costas italianas desde o início do ano, quase o dobro relativamente ao ano passado.

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