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Legislativas/Polónia

Polónia: legislativas decisivas para futuro das relações com a UE e Ucrânia

Este domingo, cerca de 29 milhões de polacos são chamados às urnas para escolher o destino político do país. Os polacos vão decidir nestas legislativas o futuro das relações do país com a União Europeia e também a continuidade da ajuda à Ucrânia. Os eleitores vão eleger 460 deputados e 100 senadores para as duas câmaras que compõe o Parlamento para os próximos quatro anos. Os primeiros resultados deverão ser anunciados ao início da noite deste domingo.

Um homem vota numa assembleia de voto de Varsóvia para as legislativas polacas de 15 de outubro de 2023.
Um homem vota numa assembleia de voto de Varsóvia para as legislativas polacas de 15 de outubro de 2023. © AP/Michal Dyjuk
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A Polónia vai este domingo a votos, num escrutínio considerado crucial para o futuro das relações do país com a Ucrânia e também com a União Europeia, após uma campanha muito intensa e repleta de trocas de acusações entre os partidos.

Nestas eleições, a principal disputa é entre o partido conservador populista Lei e Justiça (Psi), actualmente no poder, e liderado pelo vice-primeiro ministro do país, Jaroslaw Kaczunski, e a alternativa centrista pro-europeia "Plataforma Cívica", que tem como líder Donald Tusk, antigo chefe do governo polaco e ex-Presidente do Conselho Europeu.

O partido Lei e Justiça, no poder desde 2015, tem vindo a semear a discórdia no seio do bloco comunitário, devido à adopção de várias medidas anti-democráticas, como é o caso da política anti-migração. Este partido, à frente do país há oito anos, restringiu o direito ao aborto, construiu mesmo um muro na fronteira com a Bielorrússia para travar a migração irregular e tem levado a cabo controversas reformas do sistema judicial. Por desrespeito ao Estado de direito, acabou por ver suspenso temporariamente o financiamento proveniente da União Europeia.

Para já, as sondagens apontam para uma vitória dos conservadores, mas é expectável que percam a maioria. Se esse cenário se confirmar, uma das possibilidades para formar governo será uma eventual aliança à extrema-direita, nomeadamente, ao partido a "Confederação Liberdade e Independência", que quer restringir o apoio à Ucrânia e tem demonstrado uma atitude ultranacionalista e anti-União Europeia.

Estas eleições são, portanto, fulcrais para o futuro do país e das suas relações ao nível internacional e estão a ser seguidas com muita atenção por Kiev e também pelos aliados, poucas semanas depois da Eslováquia ter eleito um governo que está contra a ajuda à Ucrânia. 

Recorde-se que a Polónia tem sido, neste período de guerra na Europa, um dos principais países a facultar ajuda à Ucrânia e já acolheu inclusivamente um milhão de refugiados.

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