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Estados Unidos pedem "cessar-fogo imediato" em Gaza

Os Estados Unidos apresentaram um projecto de resolução aos membros do Conselho de Segurança da ONU a pedir um “cessar-fogo imediato e a libertação de reféns” em Gaza. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken.

Antony Blinken, Secretário de Estado norte-americano. Jeddah, Arábia Saudita, 20 de Março de 2024.
Antony Blinken, Secretário de Estado norte-americano. Jeddah, Arábia Saudita, 20 de Março de 2024. AFP - EVELYN HOCKSTEIN
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Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a 7 de Outubro, os Estados Unidos, principal aliado de Israel, vetaram diversas resoluções que pediam um cessar-fogo imediato no conflito. Agora são os próprios Estados Unidos a apresentarem uma resolução a pedir o cessar-fogo imediato.

A informação foi adiantada pelo secretário de Estado norte-americano Antony Blinken a um jornal saudita (Al Hadath) durante uma visita oficial ao reino.

Apresentámos uma resolução, que está agora perante o Conselho de Segurança, que apela a um cessar-fogo imediato ligado à libertação dos reféns e esperamos sinceramente que os países a apoiem", afirmou Antony Blinken, sublinhando acreditar que esta iniciativa constitua um “sinal forte”.

O chefe da diplomacia norte-americana acrescentou que os Estados Unidos “apoiam Israel e o seu direito de se defender” mas insistiu ser “imperativo” proteger e fornecer ajuda humanitária aos “civis que estão em perigo e a sofrer tão terrivelmente”. Antony Blinken disse, ainda, que “um acordo é possível”.

Esta quinta-feira, um novo balanço do Hamas aponta para 31.988 mortos na Faixa de Gaza, que é bombardeada diariamente por Israel, e a ONU continua a alertar que a situação humanitária é "catastrófica" e que a população tem fome.

De acordo com a agência France Presse, o texto fala na "necessidade de um cessar-fogo imediato e duradouro para proteger os civis de ambos os lados, para permitir a entrega de ajuda humanitária essencial” e “apoia inequivocamente os esforços diplomáticos internacionais para alcançar um cessar-fogo em ligação com a libertação dos reféns ainda detidos”.

Por enquanto, aguarda-se a divulgação da data da votação do texto.

Esta quarta-feira, em Doha, decorreram negociações entre os mediadores internacionais - Estados Unidos, Qatar e Egipto - em vista de uma trégua. O plano em debate colocaria temporariamente um termo aos combates, enquanto os reféns israelitas fossem trocados por presos palestinianos e a ajuda humanitária entrasse no território. Esta quinta-feira, Antony Blinken desloca-se ao Egipto e, na sexta-feira, a Israel.

Ainda ontem, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, exigiu, ao lado do secretário-geral da ONU, António Guterres, um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza para libertar os reféns israelitas e para permitir o acesso de ajuda humanitária à população palestiniana.

Estamos extremamente preocupados com a guerra em Gaza e o desenrolar de uma situação humanitária catastrófica. Gaza está a enfrentar fome severa, isto é inaceitável, é essencial chegar a acordo sobre um cessar-fogo já, que liberte os reféns e permita mais acesso humanitário”, afirmou Ursula von der Leyen.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, a 7 de Outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas. Em represálias, Israel lançou a ofensiva na Faixa de Gaza que provocou quase 32 mil mortos até agora.

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