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Médio Oriente

Enquanto se discute no Cairo, a cidade de Rafah continua a ser bombardeada

Pelo menos 25 palestinianos foram mortos e vários outros foram feridos em bombardeamentos israelitas contra 3 habitações em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, numa altura em que se abre esta segunda-feira uma nova ronda negocial no Cairo com mediadores do Egipto e do Qatar com vista a tentar alcançar uma trégua entre o Hamas e os israelitas.

Casa destruída por um bombardeamento israelita em Rafah neste dia 29 de Abril de 2024.
Casa destruída por um bombardeamento israelita em Rafah neste dia 29 de Abril de 2024. © Sipa/AP/Mohammad Jahjouh
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Nesta segunda-feira, o Hamas deu conta de cerca de 35 mil mortos em quase 7 meses guerra. O grupo armado que controla a Faixa de Gaza contabilizou também 34 mortos nestas últimas 24 horas, mais de vinte dos quais em Rafah e outros quatro na cidade Gaza, no norte do enclave, na sequência de bombardeamentos israelitas. Afirmações que o exército israelita refere estar a averiguar.

O Hamas, entretanto, reivindica tiros de roquetes a partir do sul do Líbano contra posições militares no norte de Israel, mas o exército do Estado Hebreu refere, quanto a si, ter interceptado boa parte dos cerca de 20 tiros efectuados na sua direcção e ter ripostado. "Nenhum ferido e nenhuns danos foram constatados", indica ainda o exército israelita.

No plano político-diplomático, responsáveis do Hamas reúnem-se hoje com mediadores egípcios e qataris na cidade do Cairo para conversar sobre a proposta israelita de cessar-fogo que lhes foi apresentada no sábado.

De acordo com o chefe da diplomacia britânica, David Cameron, esta proposta prevê 40 dias de trégua e a troca de prisioneiros palestinianos contra reféns que ainda continuam retidos em Gaza. Fontes palestinianas avançam, por sua vez, que numa segunda fase, a trégua poderia traduzir-se num "período duradoiro de calma" durante o qual Israel concederia liberdade de deslocação entre o Norte e o Sul da Faixa de Gaza, o que implicaria uma retirada parcial das suas tropas.

Trata-se de uma "proposta muito generosa" considerou nesta segunda-feira o ministro dos negócios estrangeiros da Grã-Bretanha em Riade, durante uma reunião do Fórum Económico Mundial sobre a situação no Médio Oriente.

Também presente no encontro, o secretário de Estado americano que está a fazer a sua sétima digressão na região no espaço de poucos meses, disse ter esperança de que o Hamas vá aceitar a proposta "extraordinariamente generosa" de Israel. "O único obstáculo que existe entre o povo de Gaza e um cessar-fogo, é o Hamas. Devem tomar uma decisão, e fazê-lo rapidamente. (...) Espero que eles tomem a decisão certa", disse Antony Blinken no Fórum.

Por sua vez, o ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros, Sameh Choukri, sublinhou que essa proposta "levou em conta as posições de ambas as partes, baseadas na moderação de ambas as partes". Já do lado palestiniano, um responsável admitiu "melhorias" nas propostas mas recusou-se a fazer qualquer prognóstico sobre o desfecho das discussões.

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