Sete dias depois do ataque à vila de Palma, um ataque armado reivindicado pela organização do Estado Islâmico, a cerca de de 25 Km do projecto de gas natural da multinacinal Total, os relatos que chegam do terreno continuam a ser marcados por uma enorme violência. O número de mortos, desaparecidos e deslocados continua também a ser uma incógnita.
Sete dias depois do ataque a reacção do chefe de Estado moçambicano. Filipe Jacinto Nyusi começou por dizer que o ataque a Palma não foi o maior dos ataques, de todos aqueles que o norte do país tem vivido desde Outubro de 2017, e apelou os moçambicanos a não perderem o foco nem a ficarem “atrapalhados”.
Ao microfone da RFI, Ricardo Machava, jornalista da STV baseado em Nampula, que até ontem estava em reportagem precisamente em Pemba, fez um relato da situação “confusa e complicada” no terreno.
O jornalista moçambicano evidenciou a desorientação dos deslocados que sem contacto com Palma ficam “num vai e vem” constante na procura de informações sobre familiares desaparecidos.
O ataque a Palma aconteceu de forma “surpresa” e foi "intenso" segundo o relato de sobreviventes, com os insurgentes a disparar indiscriminadamente.
Sobre a reacção do Presidente de Moçambique, Ricardo Machava diz que “peca por ser tarde” tendo em conta “a magnitude do ataque e pela logística que os insurgentes têm para aguentarem sete dias” de combates. “Esta aparição sete dias depois é um bocadinho fraca”, conclui.
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