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Cabo Verde sente "os reais efeitos" da guerra entre a Ucrânia e a Rússia

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Em 2022, o arquipélago de Cabo Verde sentiu "os reais efeitos" da invasão da Ucrânia por parte da Rússia, nomedamente na questão alimentar e energética. De forma a fazer face a estes desafios, a secretária de Estados dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Miryan Djamila Sena Vieira, espera que da 36ª Cimeira da União Africana saiam políticas concretas para apostar na auto-suficência do continente.

A secretária de Estado Miryan Djamila Sena Vieira deu conta das dificuldades vividas pelos cabo-verdianos devido às consequências da guerra.
A secretária de Estado Miryan Djamila Sena Vieira deu conta das dificuldades vividas pelos cabo-verdianos devido às consequências da guerra. © Governo de Cabo Verde
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A guerra na Ucrânia e as suas consequências é um dos temas discutidos na preparação da Cimeira da União Africana que decorre este fim de semana em Addis Abeba, na Etiópia. Em entrevista à RFI, Miryan Djamila Sena Vieira, diz que Cabo Verde sofre desde o ano passado "os reais efeitos" deste conflito.

"Todos os países seguem com atenção o desenrolar do contexto internacional que causa inquietação a todos os Estados, não somente por haver muitos instabilidade  a nível internacional, mas sobretudo os efeitos que advêm desta situação e Cabo Verde é um país que é muito vulnerável aos choques exógenos e durante esta fase, sobretudo da guerra na Ucrânia, nós sentimos os reais efeitos dessas guerra", afirmou.

Face à crise alimentar, a União Africana decidiu estender o roteiro da nutrição e segurança alimentar no continente até 2025. Para Miryan Djamila Sena Vieira, secretária de Estado de Cabo Verde, esta extensão deve permitir aos países africanos maior auto-suficiencia, uma indústria alimentar mais robusta e maior resiliência face às alterações climáticas.

"A presente situação interpela todos Estados-membros e também nos desperta a pensar em políticas mais sustentáveis para que África possa ser mais auto-suficiente. África tem os recursos, tem a matéria-prima, precisa é desenvolver a indústria alimentar e fazer face às mudanças climáticas na região do Sahel", defendeu.

Representando na Etiópia um Estado insular africano, a governante cabo-verdiana congratulou-se com a entrega presidência rotativa da União Africana às ilhas Comores, o primeiro Estado insular a assumir este papel e indicando que se trata d euma inspiração para Cabo Verde.

"Ver pequenos Estados insulares em desenvolvimento assumir presidências em instâncias importantes, como as Comores na União Africana, mostra que, como é óbvio todos os Estados são iguais e o que é a visão estratégica de um país não se mede pela sua dimensão territorial, muito pelo contráro, a visão de um país é o que estabelece como metas estratégicas par a promoção do desenvolvimento", concluiu.

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