O projecto "Música gera Cultura - Música gera Economia" quer dinamizar a economia da cultura em São Vicente, Cabo Verde, através da realização de “concertos com história”, do enriquecimento de rotas turísticas com marcos culturais e de oficinas de capacitação para agentes turísticos e socioculturais. O projecto vai também permitir a gravação do novo disco de Gabriela Mendes.
O projecto "Música gera Cultura - Música gera Economia" arrancou em Março e tem a duração de 24 meses. Consiste na gravação de um disco de Gabriela Mendes, em “concertos com história” em espaços de memória e de referência cultural, assim como em oficinas de capacitação para agentes turísticos e socioculturais.
“O objectivo é identificar os espaços com história e criar novas rotas turísticas mais ricas, com aspectos culturais que possam diferenciar Mindelo e São Vicente”, explica Conceição Delgado, a coordenadora do projecto, sublinhando que esta referenciação dos espaços visa a valorização do património cultural e da memória colectiva.
A ideia surgiu de um desafio lançado pela cantora cabo-verdiana Gabriela Mendes e depois a empresa de eventos Mariventos conseguiu a subvenção atribuída pela PROCULTURA PALOP – TL, financiada pela União Europeia e gerida pelo Instituto Camões.
“O nosso objectivo é também incluir essas informações de ruas, de música, nos roteiros turísticos da ilha de São Vicente de forma a torná-los mais ricos e diferenciados em relação a outras paragens. Temos espaços emblemáticos onde viveram grandes artistas. Por exemplo, o primeiro ‘concerto com história’, no dia 17 de Março, foi na pracinha em frente da casa do doutor Baltasar Lopes da Silva, que é uma das grandes figuras da nossa história, e esta praça não é conhecida, muita gente não sabia nem como chegar lá”, conta.
Para os “concertos com história”, vão ser chamados a palco artistas locais porque “o objectivo é também gerar rendimentos para a classe artística: músicos, cantores, técnicos de som”, ou seja, “um sector que esteve completamente parado” durante a pandemia. Por isso, os concertos serão realizados nos “meses de menos actividade” para equilibrar relativamente aos “meses que são culturalmente muito ricos”.
Este é, ainda, um “projecto da música tradicional” e “não vão ser cantados outros estilos que não sejam da música tradicional cabo-verdiana” porque a ideia é contribuir para a valorização da cultura.
Oiça aqui a entrevista:
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