Acesso ao principal conteúdo
Revista de Imprensa

Violência sexual e Covid em França ou avanço da extrema direita em Portugal

Publicado a:

Abrimos com LE MONDE a titular, violência sexual, libertada a palavra. Desde 2017, livros testemunhando e hashtags com palavras chave desencadearam uma tomada de consciência da existência de um fenómeno de sociedade. 

Violência sexual e Covid em França ou avanço da extrema direita em Portugal
Violência sexual e Covid em França ou avanço da extrema direita em Portugal REUTERS/Stephane Mahe
Publicidade

Com a narrativa acusando o constitucionalista, Olivier Duhamel, de abuso sexual contra o filho adoptivo, o hashtag #metoo de 2017 deu lugar ao #metooincesto. Emmanuel Macron, comprometeu-se no sábado a escutar e adaptar a lei, punir os criminosos pelos seus actos do passado para impedir que haja reincidência. 

A oposição não esperou por Macron para se apoderar do assunto desde os primeiros testemunhos. O sobrinho de Gérard Louvin, apresentou queixa-crime contra esse produtor de televisão e contou que a sua vida ficou estragada, nota, LE MONDE.

Por seu lado, LE FIGARO, titula, França prepara-se para um terceiro confinamento. O executivo que tem a intenção de reforçar as medidas sanitárias decidirá na quarta-feira depois dos resultados do recolher obrigatório e da evolução das variantes do vírus, nota, LE FIGARO. 

LIBÉRATION, titula, mortos da Covid, placa infernal. Os serviços de reanimação são assaltados por uma nova vaga incessante de pacientes e um crescente número de mortos que chega a 300 por dia. Um novo confinamento parece inevitável para evitar o desmoronamento, sublinha, LIBÉRATION.

Islão, porque é complicado, titula, LA CROIX. A interpretação literal do Alcorão, o peso das tradições, a politização da religião....a integração dos muçulmanos em França não é fácil. Para muitos investigadores, a aposta é não estudar apenas o Alcorão com base só nas fontes muçulmanas que datam de um século e meio após a morte de Maomé, mas recorrer também a fontes não muçulmanas, nomeadamente, judaicas e cristãs, nota, LA CROIX.

Marcelo ganhou mas extrema direita avança em Portugal

Em relação ao internacional, LE MONDE, dá relevo ao avanço da extrema direita na eleição presidencial em Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa, presidente cessante foi reeleito com 61% dos votos e mostrou que é capaz de reconcliar a esquerda e a direita em benefício das instituições. No entanto, a eleição ficou marcada também pelo fim da excepção portuguesa, quer dizer, a extrema direita que com 12% realizou um forte avanço num país que desde a queda da ditadura em 74 poderia gabar-se de estar imunizado frente a essa corrente.

A crise económica e social provocada pela pandemia da Covid-19 não é estranha a essa brusca evolução. Apesar duma abstenção recorde de 60%, o chefe do partido da extrema direita, Chega, André Ventura, obteve resultados que ele mesmo qualificou de históricos.

André Ventura, antigo comentador desportivo de 38 anos formado em Direito e que se define como anti-sistema tem um discurso virulento anti-imigração e conseguiu nestas presidenciais cerca de 500 mil votos, representando 12%, quando nas legislativas de 2019 só tinha consiguido, 1,3%, entrando na Assembleia da República, como deputado, nota, LE MONDE.

Enfim, L'HUMANITÉ, titula, agente laranja, julgamento de um crime de guerra. As empresas que fabricaram o herbicida  utilizsdo durante a guerra do Vietname começam a ser julgadas.

O agente químico utilizado pelo exército americano fez milhões de vítimas durante a guerra do Vietname, estando a resistente Tran To Nga a processar 19 empresas agro-químicas, nomeadamente, a Bayer-Monsanto. 150 000 crianças ficaram deficientes 40 anos depois da guerra e o Tio Sam só pagou 180 milhões de dólares de danos e prejuízos, sobretudo, aos seus veteranos, nota, L'HUMANITÉ.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Ver os demais episódios
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.