Acesso ao principal conteúdo

4 de Janeiro. Símbolo dos movimentos da Primavera Árabe, o jovem Mohamed Bouazizi morre dias depois de ter ateado fogo ao próprio corpo, revoltado com abusos administrativos na Tunísia. Em apenas um ano, o mundo árabe foi palco de mais reviravoltas do que as décadas anteriores. Após incontáveis manifestações de povos que mantinham engasgados o seu grito de liberdade, quatro ditadores foram derrubados. Se somado o tempo em que ficaram no poder, chegamos a 130 anos de governos centralizadores.Os primeiros a serem caçados foram Zine El Abidine Ben Ali, na Tunísia, e Hosni Mubarak, no Egito, países que recentemente realizaram as primeiras eleições livres da história, com uma tendência de ascensão de partidos islâmicos. Muammar Kadafi, na Líbia, acabou sendo morto depois de massacrar sua população em uma guerra que contou com a intervenção da Otan. Ali Abdullah Saleh, no Iêmen, anunciou seu afastamento em novembro e seu vice terá até três meses para convocar as eleições. Bachar Al-Assad ainda resiste na Síria, talvez não por muito tempo. O processo democrático parece irreversível e ainda deve inspirar outras populações no norte da África e na região do Golfo Pérsico.(Ouvir*) No dia 21 de junho, cerca de seis meses depois que um jovem da Tunísia morreu após botar fogo no próprio corpo – dando início à onda de revoluções da Primavera Árabe – o analista político da RFI Alfredo Valladão fez um balanço da situação e explicou que as revoltas se expressam de formas diferentes em cada país.Leia e ouça também (clicando aqui) o depoimento do jornalista Andrei Netto, do jornal Estado de S. Paulo, colaborador da RFI, que foi detido durante vários dias na Líbia quando Muammar Kadafi ainda estava no poder.

Samia Bou Azizi, irmã de Mohamed Bouazizi - jovem que virou símbolo da Primavera Árabe.
Samia Bou Azizi, irmã de Mohamed Bouazizi - jovem que virou símbolo da Primavera Árabe. REUTERS/Jamal Saidi
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.