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São Tomé e Príncipe

São Tomé: ANP, Galp e Shell prestam esclarecimentos sobre 1° furo no bloco 6

Na sequência do anúncio na sexta-feira pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e pelas petrolíferas, Galp e Shell que vai ser realizada a primeira perfuração de petróleo em São Tomé e Príncipe no decurso do primeiro trimestre de 2022 no bloco 6 da Zona Económica e Exclusiva do país, as três entidades envolvidas no processo têm estado a organizar sessões de esclarecimento para dissipar dúvidas.

Plataforma de exploração de petróleo.
Plataforma de exploração de petróleo. © imagem de ilustração
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Apesar de ser numa zona ultra profunda, segundo Agência Nacional de Petróleo, há uma enorme expectativa à volta desta primeira perfuração na ZEE, tendo em conta o seu impacto financeiro imediato. Na óptica de Olegário Tiny, Director da Agência Nacional de Petróleo, “há sobretudo este domínio de elevar e aumentar as expectativas e os conhecimentos da zona para reorientar eventualmente os trabalhos que estão a ser feitos”.

São Tomé e Príncipe, ainda não está capacitado do ponto de vista administrativo e político, para lidar com uma descoberta petrolífera frisou contudo Olegário Tiny. “Se nós tivermos muito dinheiro de petróleo imediatamente, o país não está suficiente organizado” avisou o responsável.

O resultado desta perfuração vai determinar acções futuras, assegurou por sua vez Vanessa Gasparinho em representação das petrolíferas Galp e Shell “vai haver pela primeira vez dados que permitem estudar o futuro”, declarou a responsável acerca desta primeira operação que, segundo informou na sexta-feira o director da Agência Nacional de Petróleo de São Tomé e Príncipe "vai durar entre 60 e 90 dias” sublinhando que “houve um estudo de impacto ambiental profundo para acautelar todos os riscos ambientais que se podem colocar”.

O consórcio do Bloco 6 constituído pela Galp e pela Shell, ambas com 45% de interesse participativo, e pelo Estado são-tomense, com 10% abrange uma uma área de 5.024 quilómetros quadrados em águas territoriais são-tomenses, a cerca de 100 quilómetros do litoral do país e com cerca de 2.500 metros de profundidade.

A sua possível exploração gera expectativa em todos os quadrantes da sociedade são-tomense e nomeadamente entre os seus dirigentes. No passado dia 3 de Dezembro, ao fazer o balanço dos seus 3 anos de governação, o primeiro-ministro expressou a esperança de que este “seja um furo de sucesso”, Jorge Bom Jesus recordando que o país precisa “de financiamento adicional” para a sua economia.

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