ADI recusa debater a questão do milho chinês
Em São Tomé e Príncipe, a ADI rejeitou a proposta do PCD para debater na Assembleia Nacional a questão do milho importado da China. O PCD acusa o partido no poder de usar a maioria para ocultar informação ao povo.
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ADI rejeitou a proposta PCD para debater a questão do milho importado da China na Assembleia Nacional. De acordo com o PCD, o partido no poder serviu-se da lei da Assembleia Nacional que prevê que em caso de falta de consenso prevalece o voto da bancada que tem maioria. "O governo está a usar a maioria que o povo lhe deu para ocultar a informação que o povo exige", refere Danilson Cuto, líder parlamentar do PCD.
O líder parlamentar do PCD diz que vão continuar a insistir com o governo na necessidade de esclarecer esta situação." Vamos continuar a insistir na necessidade de se trazerem informações concretas sobre quais serão as condições em que se está a cultivar o tal milho", esclarece.
O PCD, partido na oposição em São Tomé, propôs a realização de um debate para que o ministro da agricultura, Teodorico Campos, e a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Ilza Amado Vaz, explicassem a questão do milho e a situação da ambientalista, Elsa Garrido, que esteve em greve de fome.
Em causa está a introdução do milho, em meados de Abril, importado da China para consumo humano e para produção de ração animal com o objectivo de diminuir a dependência alimentar do país em relação ao exterior.
A imprensa internacional refere-se a este milho como sendo transgénico, o ministro são-tomense da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Teodorico Campos, e técnicos chineses presentes no arquipélago afirmaram, então, que o milho era híbrido e não transgénico.
A medida levou à criação do Movimento Pró-Ambiente São Tomé e Príncipe, cuja principal instigadora é a ambientalista são-tomense, Elsa Garrido que está radicada em Portugal.
A ambientalista fez uma greve de fome, que durou 19 dias, em protesto contra a falta de transparência e debate livre sobre esta questão, e ameaça agora retomar o protesto.
Em Junho, os chineses esperam colher oito toneladas do milho híbrido numa área de seis hectares.
Danilson Cotu, líder parlamentar do PCD em São Tomé e Príncipe
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