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PAPA/ÁFRICA

Demissão do Papa acolhida com compreensão em África

A demissão do Papa Bento XVI será efectivada a 28 de Fevereiro. O anúncio feito hoje pelo Sumo Pontífice surpreendeu o mundo, mas foi acolhido com compreensão em África. Um continente que o chefe dos católicos visitou por várias vezes, tendo-se deslocado nomeadamente em 2009 a Angola.

O Papa Bento XVI no Vaticano a 8 de Fevereiro de 2013.
O Papa Bento XVI no Vaticano a 8 de Fevereiro de 2013. REUTERS/Tony Gentile
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O Papa alegou problemas de saúde e de cansaço ligados à sua idade avançada para renunciar ao cargo de sucessor de São Pedro como bispo de Roma e chefe dos católicos, função que exercia desde 2005.

Bento XVI alegou ter perdido o vigor necessário para responder aos desafios contemporâneos.

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Demissão do papa Bento XVI

Dom Manuel António, bispo de São Tomé e Príncipe, considera que esta demissão do Papa foi uma decisão inteligente.

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D. Manuel António, bispo de São Tomé e Príncipe

Também Iaia Djaló, imã de uma mesquita da capital guineense compreende a demissão do Papa em razão do seu estado físico.

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Iaia Djaló, imã de uma mesquita de Bissau

 A demissão de um Papa é um acontecimento que só uma vez ocorrera no passado.

Bento XVI foi o nome adoptado pelo cardeal alemão Joseph Ratzinger quando sucedeu ao polaco João Paulo II com 78 anos de idade.

Ele deixou na história uma imagem de homem conservador, defensor acérrimo da família tradicional, criticando inclusive a utilização do preservativo.

Procurou também fomentar a reunificação da Igreja com os tradicionalistas integristas tendo pondo cobro à excomunhão de quatro bispos desse movimento.

A sua postura em relação ao seu antecessor foi também de menor proximidade com os meios de comunicação social, tendo também viajado menos que o anterior.

O chefe dos católicos teve que lidar com os escândalos pedófilos no seio da Igreja tendo pedido perdão em 2010 pelos actos do clero.

No ano passado ele fora confrontado com um escândalo de divulgação de documentos confidenciais por parte do seu mordomo, Paolo Gabriele.

Os cardeais terão que voltar a reunir-se em conclave em Março para eleger aquele que deverá chefiar os católicos da era pós Bento XVI.

Uma escolha que deverá ser oficializada para a Páscoa, a 31 de Março, segundo o Vaticano.

O Papa cessante não vai participar no conclave retirando-se provisoriamente para a residência de verão de Castel Gandolfo e, posteriormente, para um mosteiro no recinto do Vaticano, segundo fonte da Santa Sé.

 Entrevistas realizadas por Vítor Matias

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