Recenseamento continua a dividir na Guiné-Bissau
O Chefe de Estado de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, afirmou nesta terça-feira que vai convocar os partidos políticos para discutirem o modelo que deve ser adotado para o recenseamento para as eleições do dia 24 de Novembro.
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As declarações de Serifo Nhamadjo foram feitas antes de o presidente de transição partir para uma cimeira de chefes de Estado da CEDEAO- Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental- na Nigéria. O chefe de Estado guineense disse ter abordado o modelo do registo dos eleitores com o representante especial do secretário-geral das Nações Unidas em Bissau, José Ramos-Horta, que terá afirmado a dificuldade de cumprir com o calendário em caso de um recenseamento biométrico.
Sobre as eleições gerais, o Presidente de transição afirmou que existe "uma determinação nacional" para que tenha lugar no dia 24 de Novembro, pelo que, enquanto chefe de Estado vai tudo fazer para "remover os obstáculos" que possam inviabilizar a data.
Serifo Nhamadjo, Presidente de transição da Guiné-Bissau
Num outro plano, o executivo cabo-verdiano desvalorizou a detenção, em Bissau, de dois agentes da Direcção de Estrangeiros e Fronteiras cabo-verdiana, mas não adiantou as razões da prisão. Em declarações aos jornalistas, à margem de um seminário de apresentação de uma proposta de projecto para a nova Lei dos Estrangeiros e de Asilo, a ministra da Administração Interna de Cabo Verde, Marisa Morais, disse ainda não dispor de todos os dados sobre o "incidente", pelo que tudo o que se comentar será "especulação". Do lado da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, porta-voz do governo de transição, justificou a detenção destes dois polícias com o seu comportamento estranho.
Fernando Vaz, porta-voz do Governo de transição na Guiné-Bissau
Com a colaboração no nosso correspondente em Bissau, Mussá Baldé.
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