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Política/Congo

Referendo no Congo sobre terceiro mandato presidencial

Os eleitores congoleses foram neste domingo às urnas para através de um referendo decidir, se desejam ou não que o actual presidente Denis Sassou Nguesso possa candidatar-se à um terceiro mandato. O referendo é  desaprovado pelos opositores de Sassou Nguesso e por um sector da população congolesa,  que protestaram  contra a alteração da Lei fundamental da República do Congo. 

O presidente  Denis Sassou-Nguesso vota por ocasião do referendo de 25 de Outubro 2015
O presidente Denis Sassou-Nguesso vota por ocasião do referendo de 25 de Outubro 2015 AFP PHOTO
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Neste domingo os eleitores congoleses foram convocados às urnas para se pronunciar sobre uma emenda da Constituição visando possibilitar a candidatura do vigente chefe de Estado, Denis Sassou Nguesso, à um terceiro mandato. Em Setembro ,a oposição congolesa que não é favorável a alteração da Lei fundamental na matéria conseguiu reunir milhares de manifestantes para protestar contra o projecto do actual governo de Brazzaville.Manifestações de protesto ocorreram também na capital congolesa no dia 11 de Outubro e um apelo foi lançado ao boicote do referendo constitucional. Neste domingo , os únicos eleitores acolhidos por algumas mesas instaladas em várias regiões do país foram os membros das forças de segurança presentes.

 Com 71 anos de idade, Denis Sassou Nguesso, que práticamente exerceu o poder desde 1979 sem interrupção, se exceptuarmos cinco anos, não pode, em virtude da Constituição congolesa, candidatar-se à um terceiro mandato.

Em declarações à RFI, o investigador Eugénio Costa Almeida do Centro de Estudos Internacionais de Lisboa, receia que o actual referendo possa resultar num novo período de instabilidade política na República do Congo, à semelhança do que se verificou recentemente noutros países africanos,em particular no Burundi.

 

01:29

Eugénio Costa Almeida 25.10.2015

            

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