Greve dos candongueiros em Angola
Em Angola cerca de duzentos "candongueiros" paralisaram hoje a capital. Os taxistas exigem melhores condições de trabalho, reivindicam o estabelecimento de paragens para táxis e o aumento de tarifas. As autoridades da cidade de Luanda devem pronunciar-se sobre a greve nas próximas horas.
Publicado a:
A cidade de Luanda acordou esta manhã completamente paralisada com a greve dos taxistas. Nas redes sociais os angolanos escreveram e publicaram fotografias onde se podia ver as paragens completamente lotadas, estradas bloqueadas com carros ou barricadas. A greve acabou por impedir o bom funcionalmente das instituições públicas, como os Hospitais, tendo em conta que a maioria dos trabalhadores utiliza os táxis colectivos.
Reivindicações dos taxistas
Cerca de 200 taxistas reuniram-se no Cazenga para se manifestar contra aquilo que consideram ser a alegada corrupção da polícia, reivindicar a criação de paragens oficiais para os transportes públicos e aumento das tarifas. A Associação de Taxistas de Luanda - ATL- salientou que o próximo passo é a realização de uma assembleia, cujo dia ainda não foi definido. Em declarações à imprensa local, o presidente da ATL, Manuel Faustino, lançou um apelo a todos os grupos regionais para enviarem representantes para este encontro que servirá para delinear a estratégia de diálogo com as autoridades angolanas.
Vandalismo e detenções
A imprensa angolana avança que este dia de greve fica marcado por alguma tensão. Em Viana, várias viaturas terão sido vandalizadas, inclusive queimadas, e alguns motoristas terão sido detidos, após desacatos com colegas, passageiros e polícia.
Com a colaboração do nosso correspondente em Luanda, Avelino Miguel
Correspondência de Angola
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro